Os caçadores têm, ao longo dos tempos, realçado o seu papel na ajuda à manutenção e ao reforço da biodiversidade. No entanto, a Comissão Europeia não entende esta actividade do mesmo modo. Por isso, a sua “Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 — Trazer a natureza de volta às nossas vidas”, defende a proibição da caça em Áreas Estritamente Protegidas na Europa.
Os caçadores portugueses não concordam e já entraram em contacto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Mas ficaram, por enquanto, sem resposta.
Reunião da FACE na UE
A Fencaça – Federação Portuguesa de Caça representou os caçadores portugueses na última reunião, de 11 de Maio, entre a FACE — Federação Europeia de Caça e Conservação e a Comissão Europeia, para discutir os novos critérios relacionados às áreas estritamente protegidas, que faz parte da meta global de proteger 30% do planeta até 2030.
A direcção da Federação garante que entregou “exemplos concretos dos problemas associados à actual proposta” da Comissão e que aguarda a “orientação e critérios revisados da Comissão, na esperança de algumas mudanças importantes”.
“Até agora, a maioria dos governos dos Estados-membros não apoia esta proposta” da Comissão. Nos últimos meses, a Fencaça “enviou um ofício para o ICNF no intuito de lhe dar a conhecer a sua posição e alertar para os impactos negativos que esta proibição traria para o sector, mas não obteve qualquer resposta deste organismo” garante a direcção da Federação.
Aqueles caçadores interpretam esta posição do ICNF “como de total desinteresse e alheamento para os problemas do sector em Portugal e para as propostas que estão a ser trabalhadas pela Comissão Europeia”.
Agricultura e Mar Actual