AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A Sonae Arauco organizou um evento esta quarta-feira, 7 de Fevereiro, no Hotel Vila Galé Coimbra, que reuniu cerca de 70 profissionais – entre produtores florestais, prestadores de serviços, grupos de certificação e fornecedores de madeira – para reflectir sobre a sustentabilidade da fileira do pinheiro-bravo e sobre o modelo de relacionamento com os seus parceiros.
A empresa, que é uma das maiores do Mundo na área das soluções derivadas de madeira, tem vindo a dinamizar uma “estratégia que visa aumentar a rentabilidade da floresta e promover a sustentabilidade da fileira do pinheiro-bravo. Para tal, tem trabalhado de forma directa e através de parcerias em áreas diversas, como a geração e transferência de conhecimento e a gestão florestal”, refere uma nota de imprensa da Sonae Arauco.
“A fileira do pinho é a fileira florestal que cria mais valor para o país e abrange uma enorme diversidade de mercados, produtos e agentes, que juntos formam uma cadeia de valor extensa e com elevadas relações de interdependência, através de transacções comerciais de produtos e subprodutos, num claro exemplo de economia circular”, explicou Nuno Calado, responsável de sustentabilidade Sonae Arauco.
Escassez de matéria-prima
“Todavia, a fileira do pinho está actualmente ameaçada por uma escassez de matéria-prima; como tal, envolver todas as partes interessadas na reflexão e na busca por soluções para este desafio, assim como para reflectir sobre qual deveria ser o papel da Sonae Arauco, é fulcral para a manutenção da floresta portuguesa e para garantir o futuro e a sustentabilidade desta fileira que cuida do planeta, gera riqueza e emprega um número muito significativo de pessoas”, declarou.
Neste encontro foram apresentados alguns resultados dos ensaios da Sonae Arauco sobre as taxas de sobrevivência e de crescimento de Pinheiro-radiata e Pinheiro-bravo, expostos por Nuno Calado; as dinâmicas e as perspectivas dos mercados florestais, apresentadas por Miguel Duarte, responsável de compras de madeira da Sonae Arauco em Portugal; foi ainda feita uma reflexão alargada sobre o modelo de relacionamento entre a Sonae Arauco e os seus parceiros, que envolveu, além dos oradores já mencionados, Rosário Alves, directora executiva da Forestis – Associação Florestal de Portugal, Luís Roxo, coordenador da Cerna Portugal, e Daniel Santos, director comercial da Floponor.
A equipa de gestão florestal da Sonae Arauco tem levado a cabo diversas iniciativas para as florestas, no sentido de assegurar a sustentabilidade deste activo. Um dos projectos de I&D florestal está a testar a sobrevivência e o crescimento de várias famílias de programas de melhoramento genético de Pinheiro-radiata e Pinheiro-bravo, em diferentes tipos de solo e de localização, e que tem demostrado excelentes resultados em Portugal, podendo, assim, contribuir para alinhar a disponibilidade de matéria-prima com a previsão de uma procura cada vez maior do mercado por soluções sustentáveis, como a madeira.
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