O PAN – Pessoas-Animais-Natureza promete, se conseguir um Ministério no governo resultante das eleições legislativas de 30 de Janeiro, ou apenas na Assembleia da República com os seus deputados eleitos, lutar por “estabelecer incentivos fiscais para a obrigatoriedade de conversão da agricultura existente nas margens dos rios e ribeiros para modo biológico“.
Refira-se que, por exemplo, nas margens do Rio Tejo as culturas predominantes são o tomate e o arroz. E que nas margens do Douro se produz o vinho Duriense. Nenhuma destas culturas tem grande expressão em modo biológico.
A proposta consta do programa eleitoral do PAN — que se assume como “o único partido animalista, não especista e ambientalista português”, que quer também “instituir a obrigatoriedade de armazenamento das águas pluviais citadinas em bacias de retenção para uso em regadio, incluindo os novos projectos urbanísticos que terão de instalar sistemas de reaproveitamento de águas pluviais”.
Diz o programa eleitoral do partido liderado por Inês Sousa Real que é “urgente desenvolver políticas que promovam uma adequada gestão e protecção dos rios e da água”.
O PAN defende ainda que se executem “planos de recuperação e valorização de solos degradados e garantir a atribuição célere de fundos para a estabilização dos solos após eventos catastróficos como cheias, incêndios ou chuvas torrenciais (mais esperados devido às alterações climáticas), de forma a evitar a ocorrência de deslizamentos de terras, perda e degradação dos solos”.
O tomate
Ora, esta medida, a ser realmente executada teria um forte impacto na produção de tomate e arroz. Culturas onde actualmente não predomina o modo de produção biológico.
Segundo a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), “o tomate é de longe o produto hortícola de maior importância no Ribatejo. Grande e importante labor é também o de orizicultura: vastos campos de arroz alternam com o tomate nas margens dos principais rios afluentes no Tejo: do Sorraia, a Este, aos campos da Azambuja, a Oeste”.
“As searas são cultivadas nos solos ricos de aluvião, a maioria deles localizados nas margens do Rio Tejo e um pouco ao longo do rio Sorraia. O clima ribatejano é ideal para a produção de frutos de boa qualidade, com Verões secos e chuvas só em algumas Primaveras”, acrescenta o site da CIMLT.
Agricultura e Mar Actual