O Parlamento açoriano aprovou esta tarde, 21 de Outubro, as medidas apresentadas pela Coligação (PSD, CDS-PP e PPM) que suporta o Governo Regional, para apoiar os produtores de leite da Ilha de São Jorge, informa o PSD/Açores em nota de imprensa.
“Trata-se de um apoio directo, através do Programa POSEI, por forma a manter e incentivar a produção, cujos critérios de classificação são exigentes na ilha, devido à produção do seu ‘ex-libris’, o Queijo de São Jorge”, explicou Paulo Silveira (PSD), a quem coube apresentar a proposta.
Os parlamentares da Coligação pretendem a promoção de acções de marketing e de inovação do queijo produzido pelas cooperativas jorgenses, “valorizando o Queijo de São Jorge, com a consequente repercussão no rendimento dos produtores”, disse o social- democrata, realçando que “todas as entidades ouvidas em Comissão concordaram com o teor da iniciativa”.
“É essencial manter a produção de leite na ilha, onde mais de 200 produtores trabalham para o Queijo de São Jorge, que é um Produto com Denominação de Origem Protegida (DOP), e de referência dos Lacticínios dos Açores”, acrescentou Paulo Silveira.
Programa POSEI
O deputado lembrou que o Programa POSEI “reconhece e apoia a diferenciação produtiva das RUP, sendo que a produção de leite em São Jorge apresenta uma especificação única nos Açores, que importa ser considerada neste programa”, mesmo se “estamos perante uma redução de 10% nos produtores de leite, devido à falta de mão-de-obra ou aos custos de produção.
“Pelo que são cada vez menos os litros de leite entregues nas fábricas, o que poderá condicionar a sustentabilidade do sector cooperativo”, alertou Paulo Silveira.
A iniciativa da Coligação “era relevante na altura em que foi apresentada, em Março deste ano, devido à realidade da crise sismo-vulcânica vivida em São Jorge, mantendo-se hoje a necessidade urgente de um olhar atento e de uma acção preventiva para o sector na realidade local”, referiu.
Paulo Silveira recordou que São Jorge “é a terceira maior Ilha produtora de leite dos Açores, mas estima-se, para este ano, uma quebra de 3,8 milhões de litros entregues nas cooperativas. Essa redução tem sido suportada pela indústria, através da valorização do preço do queijo e pela sua quantidade em stock, mas condiciona a sustentabilidade nos próximos anos”.
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