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Legislativas. Prioridades do PAN: eliminar apoios financeiros à pecuária e subsidiar produção de “carne cultivada”

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza avança para a campanha eleitoral das legislativas de 30 de Janeiro a defender as suas bandeiras de sempre. Entre as suas 25 prioridades estão “eliminar os apoios financeiros para exploração de animais de pecuária, redireccionando esses apoios para a agricultura ambientalmente responsável”. Por outro lado, quer “subsidiar o desenvolvimento de alternativas proteicas de base vegetal na indústria alimentar, bem como da produção de carne cultivada”.

O PAN — que se assume como “o único partido animalista, não especista e ambientalista português” — defende no seu programa eleitoral “eliminar os apoios financeiros para exploração de animais de pecuária, redireccionando esses apoios para produção de alimentos de origem vegetal”, assim como “eliminar subsídios à produção pecuária em função das emissões com efeito de estufa e consumo de recursos naturais”. Isto promovendo “o fim faseado dos subsídios da Política Agrícola Comum para agropecuária e utilização das verbas para a reconversão do sector em produções sustentáveis”

A fazer parte de um futuro governo, ou apenas na Assembleia da República, o PAN compromete-se fazer tudo para que se garanta a “transparência da atribuição dos financiamentos públicos para a exploração de animais de pecuária, enquanto os mesmos não cessarem” e que se venha a reflectir na “Taxa de Recursos Hídricos (TRH) das indústrias e agropecuária o custo real da utilização de recursos”.

Agropecuária compromete “equilíbrios ambientais”

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza quer ainda “estender a aplicação da Taxa de Carbono a outros sectores poluentes, nomeadamente da pecuária. “O PAN tem plena consciência de que as explorações de produção animal para alimentação estão a comprometer os equilíbrios ambientais e, consequentemente, o nosso futuro”, refere o programa eleitoral do partido liderado por Inês Sousa Real.

Para além das preocupações com o bem-estar animal, não podemos ignorar que a criação de animais para produção de carne e seus derivados, lacticínios e ovos é responsável por 14,5% das emissões de gases de efeito estufa, sendo uma actividade que contribui gravemente para as alterações climáticas, destruição de habitats, contaminação de solos e aquíferos, perda de biodiversidade, consumo de água, disseminação de pesticidas e poluição”, acrescenta o documento.

Frisa ainda o programa eleitoral do PAN que a pecuária “utiliza 83% de todas as terras agrícolas globais, mas produz menos de dois quintos das proteínas que consumimos. Continuamos, porém, a ignorar que esta forma de produção, em particular a intensiva, é insustentável e acarreta efeitos desastrosos no ambiente, no planeta, nos animais e na própria saúde pública”.

“Lobbies instalados”

Para o partido que se assume como “o único partido animalista, não especista e ambientalista português”, “o nosso País não pode permanecer paralisado sob o jugo dos lobbies instalados e de políticas já experimentadas que não fazem Portugal avançar. Não podemos continuar agarrados a interesses de alguns, que nada contribuem para a transição para um mundo melhor e que deixam uma factura cada vez mais pesada às gerações mais jovens, como a indústria pecuária, as petrolíferas, as indústrias poluentes, o sector energético, a corrupção e contratos inexplicáveis, tais como as concessões das auto-estradas”.

“A produção pecuária apresenta impactos negativos no ambiente, nomeadamente pela utilização excessiva de água, contaminação dos recursos hídricos, contaminação de solos e emissão de gases com efeito de estufa, representando 83% das emissões no sector agrícola”, garante o programa eleitoral do PAN.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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