A CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal reúne o seu órgão plenário, o Conselho de Presidentes, esta quinta e sexta-feira, dias 24 e 25 de Novembro, no Hotel dos Templários, em Tomar – o nono na história da Confederação, que reúne os mais de 250 associados e estrutura, e que se assume como um momento de balanço das actividades da organização, mas, sobretudo, de definição dos eixos de actuação para os próximos anos.
Este encontro acontece num momento que a CAP considera “da maior gravidade”, dado o anúncio formal, por parte do Conselho de Ministros, da extinção das Direcções Regionais de Agricultura (DRAP) e da transferência das suas competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
Já tendo a Confederação assumido publicamente a sua “oposição absoluta a tal decisão, que considera abusiva, absurda, antidemocrática e inaceitável”, a reunião plenária servirá para “identificar as iniciativas de oposição e de protesto a tomar pelos agricultores, que exigem a reversão da medida que, a concretizar-se, ditará o fim do Ministério da Agricultura”, refere a Confederação em nota de agenda.
Atraso nos pagamentos do PDR
A análise à execução do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) e ao “sistemático atraso no pagamento das ajudas aos agricultores” também faz parte do programa deste Conselho de Presidentes, tal como “as preocupações relativas à adequação e à aplicabilidade do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), aprovado pelo Governo e elaborado sem auscultação ao sector”.
A ouvir todas estas críticas estará a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, na sessão de encerramento, a 25 de Novembro, a partir das 12 horas.
Este Conselho de Presidentes marca o 47º aniversário da CAP, fundada em 25 de Novembro de 1975, a partir de um movimento espontâneo dos agricultores portugueses. Como organização socioprofissional agrícola, agrupa cerca de 250 organizações de todo o país, as quais se traduzem em Federações, Adegas, Associações Regionais, Associações Especializadas e Cooperativas.
Desde 1977 que tem o estatuto de Parceiro Social no Conselho Económico e Social e integra a Comissão Permanente de Concertação Social. Desde 1986 tem assumido a representação de Portugal junto da Comissão Europeia, em Bruxelas, onde mantém uma delegação permanente, sendo membro do COPA, organização de cúpula das Organizações Agrícolas da UE.
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