Início / Agricultura / OE 2023. Industriais de Carnes querem saber porque só as conservas de peixe podem taxa reduzida de IVA

OE 2023. Industriais de Carnes querem saber porque só as conservas de peixe podem taxa reduzida de IVA

“OE 2023. PS quer conservas à base de peixe com taxa reduzida de IVA” é o título da notícia do Jornal Económico de 12 de Novembro. “E as conservas de carne?”, pergunta a APIC — Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes em Carta Aberta ao Governo de Portugal.

“Segundo o Jornal Económico, no passado dia 12 Novembro, o PS [Partido Socialista] terá proposto que todas as conservas à base de peixe e as conservas de moluscos passem a ter uma taxa reduzida de IVA. É caso para dizer, e a carne? E os produtos à base de carne? São transformados, tal como os produtos oriundos do peixe. Então, não deverão ter o mesmo direito?”, escrevem aqueles empresários.

E questionam por que razão o PS “privilegia os produtos à base de peixe em detrimento dos produtos à base da carne. Qual a diferença?”.

“Vejamos, é possível misturar peixe/atum/cavala com cebola, piripiri, pimentos ou tomate e taxá-los a 6% de IVA.
Mas, se misturamos o mesmo conteúdo, substituindo o peixe pela carne, numa tripa em vez de uma lata, então o valor do IVA deverá de 23%. Ou se adicionarmos sal, como no caso do presunto, o valor do IVA acresce para 23%”, explica a APIC.

E realça que “a indústria do peixe é igual à indústria da carne, ambas enfrentam os mesmos desafios, nomeadamente o aumento do preço das matérias-primas, dos factores de produção em geral e o aumento descomunal da energia eléctrica e do gás”.

Perda de competividade face à UE

Na mesma Cata Aberta, a Associação Portuguesa dos Industriais de Carne refere que “tem tentado junto da Autoridade Tributária e dos respectivos governantes, para que reduzam o valor do IVA dos produtos à base de carne tal como acontece aos mesmos produtos noutros Estados-membros”.

Em Portugal, o valor do IVA “chega a ser mais do dobro do valor do IVA aplicável em muitos Estados-membros, no caso dos produtos à base de carne. Contudo, existem excepções em Portugal, nomeadamente o queijo e o bacalhau, aos quais, inexplicavelmente, se aplica o valor de IVA de 6%”, frisa a APIC.

E dá o exemplo de Espanha que aplica uma taxa de IVA de 10% aos produtos à base de carne, e em Portugal os mesmos produtos são taxados a 23%.

“Seria bom que os governantes portugueses tratassem as empresas nacionais da mesma forma que os outros Estados-membros, reduzindo o valor do IVA. (…) A indústria da carne não pode ser tratada de forma diferente e ser sujeita a injustiças e a arbitrariedade fiscal”, assim termina a Carta Aberta ao Governo.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

Verifique também

Luís Simões adere ao projecto Lean&Green da GS1 Portugal para reduzir pegada carbónica

Partilhar              A Luís Simões, líder no mercado de fluxos rodoviários entre os dois países ibéricos, é …

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.