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Aprolep celebra 10 anos a preparar o futuro do sector leiteiro

A Aprolep — Associação dos Produtores de Leite de Portugal organizou, a 7 de Janeiro em Benavente, um almoço-debate onde participaram cerca de 70 produtores de leite oriundos de todo o território nacional e que contou com as intervenções de Pedro Pimentel, director-geral da Centromarca e David Gouveia, director de Serviços de Competitividade do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura.

“Que futuro para o mercado de produtos lácteos” foi o mote para a apresentação de Pedro Pimentel. Apesar das oscilações conjunturais, o futuro do sector lácteo a nível global é promissor.

Subida no consumo de queijo

Em Portugal registou-se uma baixa no consumo de leite UHT, mas uma subida no consumo de queijo, apesar de ainda estar abaixo da média comunitária. “A qualidade nutricional de leite e lacticínios é inquestionável, mas é preciso valorizar a origem e manter a notoriedade com sustentação científica e uma comunicação focada”, aconselhou Pedro Pimentel.

“A produção de leite na PAC após 2020” foi abordada por David Gouveia, que apresentou o Plano Estratégico da próxima Política Agrícola Comum, em cujos objectivos se destacam “promover um sector agrícola inteligente, resiliente e diversificado assegurando a segurança alimentar e apoiar a protecção do ambiente e a luta contra as alterações climáticas e contribuir para os objectivos ambientais e climáticos da UE”.

Produtores não querem depender de subsídios

Apesar de a nova PAC não estar ainda definida e de só se prever a sua implementação em 2022, a Aprolep considera importante alertar para a provável redução dos apoios anuais ao rendimento dos produtores de leite, mas reafirma mais uma vez o que tem sido a sua posição de sempre: os produtores não querem depender de subsídios compensatórios de crises permanentes, querem viver do seu trabalho através de um preço justo do leite.

Por isso a Aprolep considera que os apoios ao investimento devem contribuir para uma produção mais eficiente, sustentável e adaptada às necessidades do mercado, mas devem também ser pagos através da PAC os serviços ambientais que os agricultores prestam, nomeadamente a fixação de carbono e todos os contributos para a mitigação das alterações climáticas.

Este almoço-debate foi o primeiro encontro desta dimensão, com produtores, organizado pela Aprolep a Sul do Tejo e foi a primeira iniciativa para celebrar os 10 anos de existência da Associação, que assume como missão defender os interesses dos produtores de leite através da união de esforços, da congregação de saberes, da partilha de experiências e da solidariedade entre produtores.

Para reforçar o funcionamento da Aprolep face ao crescimento enquanto organização, a direcção entendeu proceder a uma reorganização interna, convidando Carlos Neves para assumir o cargo de secretário geral e José Augusto Ferreira, primeiro suplente, para integrar a direcção.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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