O prazo para apresentação de listas para as eleições dos titulares dos órgãos sociais da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal para o triénio 2023-2026 concluiu-se no passado dia 17 de Abril. Foi apresentada uma única lista, subscrita por 129 organizações associadas da CAP, formalmente validada hoje, 26 de Abril, pela Comissão Eleitoral.
São candidatos às presidências dos órgãos: Mesa da Assembleia Geral – Eduardo Oliveira e Sousa; Direcção – Álvaro Mendonça e Moura; Conselho Fiscal – António de Paula Soares.
Álvaro Mendonça e Moura, originário de uma família com fortes raízes transmontanas e ligado desde sempre por tradição familiar à agricultura em Trás-os-Montes, onde passou uma parte da sua juventude, foi educado a ouvir as ideias do Eng. Camilo de Mendonça sobre o desenvolvimento da agricultura em Portugal e em particular em Trás-os-Montes, assistindo desde o início à criação e crescimento do Complexo agroindustrial do Cachão.
Tendo assumido a condução dos negócios agrícolas da família procedeu a uma profunda reconversão dos mesmos tendo criado uma sociedade familiar de que é o principal sócio. Dedica-se especialmente ao olival, vinha e amendoal e obteve um prémio internacional de azeite em Israel.
É sócio da APPITAD – Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro e da AmêndoaCoop – Cooperativa dos Produtores de Amêndoa de Torre de Moncorvo. Foi professor universitário e é membro fundador do Círculo de Estudos do Centralismo.
No site da CAP – aqui – pode ser encontrada a lista completa para as eleições dos titulares dos órgãos sociais da CAP para o próximo triénio.
A eleição de todos os titulares dos órgãos sociais terá lugar no próximo dia 17 de Maio, decorrido um mês da data de apresentação da lista, informa a CAP em comunicado de imprensa.
CV de Álvaro Mendonça e Moura
- 1974 – Licenciatura em Direito pela Universidade de Coimbra
- 1975 – Aprovado no concurso de admissão ao Ministério dos Negócios Estrangeiros
- 1979 – Delegação Permanente junto da EFTA e do GATT, Genebra
- 1985 – Embaixada em Pretória; participou no primeiro encontro da diplomacia portuguesa com Nelson Mandela
- 1990 – Lisboa, Director de Serviços da África Subsariana; membro das negociações de Bicesse para a paz em Angola
- 1991 – Chefe do Gabinete do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação; acompanhou as negociações de paz em Moçambique e foi o primeiro diplomata, não italiano, a encontrar-se com o líder da Renamo
- 1992 – Chefe do Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros; esteve presente na reunião de Marraquexe que criou a Organização Mundial do Comércio
- 1995 – Embaixador em Viena e Representante Permanente junto das organizações das NU com sede em Viena;
- 1999 – Representante Permanente junto dos Organismos e Organizações Internacionais em Genebra; nas quais assegurou a Presidência portuguesa da UE de 2000
- 2002 – Representante Permanente junto da União Europeia; acompanhou nomeadamente as negociações da reforma da Política Agrícola Comum de 2003, do alargamento de 2004, da eleição do Presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, no mesmo ano, do quadro financeiro 2007- 2013, da aprovação pela Comissão Europeia do plano nacional de barragens e, em 2007, assegurou a condução em Bruxelas da Presidência portuguesa da UE e das negociações do Tratado de Lisboa
- 2008 – Embaixador em Madrid
- 2013 – Representante Permanente junto das Nações Unidas; participou nas diligências que conduziram à eleição do Secretário-Geral, António Guterres;
- 2017 – Secretário-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
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