O volume de capturas de pescado em Portugal diminuiu 19,5% em Setembro de 2024 (-5,1% em Agosto), justificado pela menor captura de peixes marinhos (nomeadamente cavala) mas também de moluscos e crustáceos, refere o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Novembro de 2024, do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Às 12.855 toneladas de pescado correspondeu uma receita que totalizou 29.599 mil euros, valor que representou um decréscimo de 6,5% (-5,6% em Agosto), acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas.
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 686 toneladas de pescado, ou seja, um aumento de 13,0%, sobretudo consequência da maior captura de tunídeos. Já as 226 toneladas da Região Autónoma da Madeira representaram uma diminuição de 56,8%, devido essencialmente ao menor volume de atuns, peixe-espada, carapau e carapau negrão e cavala capturados na região.
Peixes marinhos
Quanto ao volume de captura de peixes marinhos a nível nacional, foi 11.127 toneladas e teve um decréscimo de 20,8% (-6,9% em Agosto). Para esta situação contribuiu de forma significativa a menor quantidade de cavala (-66,1%), com apenas 1.693 toneladas, mas também tunídeos (-26,8%), com 561 toneladas, peixe-espada (-23,0%), com 323 toneladas e de biqueirão (-3,8%) com 1.650 toneladas capturadas.
Pelo contrário, registou-se um maior volume de carapau e carapau negrão (+11,0%), com 1 726 toneladas e de sardinha (+3,8%), com 3.796 toneladas capturadas ao abrigo do Despacho N.º 4702-A/2024 de 30 de Abril, que determinou a reabertura da pesca da sardinha a partir das 00:00 horas do dia 2 de Maio de 2024, adiantam os técnicos do INE.
O volume de crustáceos (131 toneladas) teve um decréscimo de 14,7%, sobretudo pela menor captura de gamba branca, santola, sapateira, lagosta e camarões. As 1 596 toneladas de moluscos representaram igualmente uma diminuição (-9,3%), sendo de destacar o menor volume de pota, polvo e choco e de bivalves como o mexilhão.
Pode ler o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Novembro de 2024 completo aqui.
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