A CPPME — Confederação Portuguesa de Micro, Pequenas e Médias Empresas considera que “a redução do IRC e a liberalização dos negócios públicos visam essencialmente as grandes empresas”. “As medidas apresentadas no Programa do Governo “não dão resposta à realidade objectiva do tecido empresarial português, que é composto por 99% de micro, pequenas e médias empresas”.
Para a Confederação presidida por Jorge Pisco, o que as micro, pequenas e médias empresas necessitam “é de políticas económicas, fiscais e de crédito, entre outras, que as apoiem e não medidas que continuem a favorecer exclusivamente a minoria representada pelas grandes empresas, como sejam as propostas de redução do IRC e de partilha generalizada das verbas do Orçamento de Estado, nomeadamente nos sectores da saúde, educação, habitação e serviços públicos”.
“É importante que fique bem claro que a grande maioria das MPME [micro, pequenas e médias empresas] não paga IRC, ou paga taxa reduzida para os primeiros 50 mil € (17% no litoral e 12,5% no interior), e não tem capacidade para concorrer nos sectores que o governo promete agora abrir à iniciativa privada”, refere um comunicado de imprensa da Confederação.
E adianta que “tal abandono das MPME fica igualmente bem patente no encerramento da Secretaria de Estado do Comércio e Serviços, que desempenhava um papel muito importante na análise dos seus problemas e no relacionamento com as associações empresariais”.
Por outro lado, frisa que “fica claro que o governo apenas vai apostar no Turismo e na Internacionalização, como se estes fossem as “galinhas dos ovos de ouro” da economia, esquecendo que são as MPME quem cria a maior parte dos postos de trabalho e da riqueza nacional”.
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