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JMJ não aconselha alimentação vegan. Manual do Peregrino recomenda mesmo compra de produtos locais

A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 não “sugere aos peregrinos serem vegetarianos para compensar viagem de avião”, tal como avançou esta semana uma notícia do Expresso, que garantia que a “organização publicou um manual onde recomenda formas de compensar a poluição provocada pela viagem a Lisboa”.

Segundo fonte da JMJ, em declarações à Revista Agricultura e Mar, o “Manual do Peregrino está pronto mas não foi ainda publicado. Estamos à espera de finalizar a tradução para as várias línguas. Só depois estará disponível na Lisboa 2023, a App oficial da JMJ. Manual que, ao contrário do que foi noticiado, recomenda mesmo a compra de produtos locais”.

Na verdade, a notícia do Expresso refere-se não ao Manual do Peregrino, que ainda não é conhecido, mas ao Manual da Pegada de Carbono do calculador de pegada carbónica do peregrino, desenvolvido pela Novo Verde — Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens em parceria com a JMJ Lisboa 2023, onde se pretende sensibilizar para atitudes mais responsáveis e sustentáveis.

“A alimentação vegetariana nem é uma sugestão da JMJ nem da empresa que fez o calculador de pegada carbónica do peregrino, que apenas deu 20 exemplos hipotéticos de compensação de emissões de carbono. O jornalista escolheu um desses exemplos”, salienta a organização da JMJ.

Entretanto, a Novo Verde divulgou um comunicado de imprensa a explicar que “de forma a tornar tangível ao leitor a representação das emissões de CO2e (dióxido de carbono equivalente), um dos exemplos representados prende-se com a mitigação das emissões geradas por uma viagem de avião. Surgem como exemplos da pegada gerada: 55 anos de banhos diários, a substituição do carro pessoal por comboio pelo período de dois anos, o apoio a programas de conservação de árvores por um período de um ano ou equivalente a 65 árvores, entre vários outros”.

“Lamentavelmente, apenas um dos exemplos foi notícia – o do desafio de ser vegetariano durante um ano”, realça o mesmo comunicado, acrescentando que “infelizmente, nem o apoio à conservação de árvores nem a possibilidade de viagens casa-trabalho de comboio, nem as lâmpadas de baixo consumo ou a escolha de produtos locais geraram interesse”.

Para a Novo Verde “é preciso, por isso, esclarecer que os exemplos destinam-se a quantificar, de modo inteligível, as emissões geradas como forma de sensibilização, comunicação e educação ambiental. Apoiamos, todos os dias, as escolhas sustentáveis e responsáveis – como, por exemplo, uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável – e a necessidade de agirmos hoje com vista a um melhor futuro amanhã”.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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