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Intempéries em Trás-os-Montes e Alto Douro. CAP defende revisão do sistema de seguros

A CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal defende “a necessidade de revisão do sistema de seguros para a actividade agrícola para contemplar e garantir cobertura do capital produtivo contra fenómenos climatéricos intensos e imprevisíveis”.

“Com efeito, fenómenos climáticos adversos e extremos como os verificados no período referido na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, e que apesar de serem cada vez mais frequentes, permanecem imprevisíveis, exigem que as coberturas contempladas pelo Sistema de Seguros Agrícolas sejam revistas, desde logo garantindo verbas que possibilitem a reposição do capital produtivo”, refere uma nota de imprensa da CAP.

Nesse sentido, diz a Confederação, “o Governo deve efectuar uma avaliação técnica e económica profunda do Sistema de Seguros Agrícolas, por forma a que o prémio que lhes está associado seja financeiramente comportável por parte dos agricultores”.

Granizo em Trás-os-Montes e Alto Douro

A posição, que já não é nova, surge na sequência dos estragos causados pela queda intensa de chuva e granizo, em várias ocasiões entre o final de Maio e a passada segunda-feira, dia 12 de Junho, manifestando a CAP a “sua total solidariedade para com os agricultores da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, em particular para os que têm as suas produções situadas nos municípios de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mêda, Murça, Sabrosa, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa”.

Salienta a mesma nota que as “intempéries em Trás-os-Montes e Alto Douro devem mobilizar apoios imediatos por parte do Governo para fazer face a avultadas perdas e prejuízos”. “Destruição provocada pela intensidade dos fenómenos climatéricos afectou cerca de 6.000 hectares de vinha, 1.000 de olival e 650 de fruticultura (maçã e pêssego) em 7 concelhos da região.

Capacidade produtiva futura em causa

De acordo com dados recolhidos pela CAP junto das organizações suas associadas naquela região, “a violência da queda de chuva e de granizou provocou estragos que comprometeram não só a produção da presente colheita, o que se traduz em prejuízos imediatos decorrentes da perda de rendimentos, mas também impactou a capacidade produtiva futura, causando danos extensos em infra-estruturas como socalcos, muros de suportes, estradas e caminhos, alguns dos quais se encontram ainda intransitáveis”.

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