“O mundo rural encontra-se em perigo perante as últimas decisões implementadas pelo Ministério da Agricultura por isso, a Federação Agrícola dos Açores não podia deixar de demonstrar a sua solidariedade aos seus colegas continentais nesta manifestação, que contou com elevada aderência dos agricultores do Norte do País, bem demonstrativo da insatisfação, desalento e preocupação existente no sector agrícola”.
É assim que a Federação Agrícola dos Açores descreve a sua participação hoje, 26 de Janeiro, na manifestação organizada pela CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, que decorreu em Mirandela — a primeira de uma série de protestos — e que “teve como objectivo alertar para a diminuição da importância do sector agrícola que está a ocorrer no território continental português, e que culminou com o recente anúncio de transferência de funções das Direcções Regionais da Agricultura (DRA) para as comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR)”.
Refere a Federação em nota de imprensa que “igualmente, a falta de execução do PDR 2014-2022 e ainda as incertezas entorno da aplicação do PEPAC 2023-2027 [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum], são alguns dos motivos de descontentamento dos agricultores portugueses, que se tem vindo a acentuar nos últimos anos, atendendo à constante ineficácia das políticas agrícolas adoptadas no continente português”.
Acerca da mesma manifestação, que juntou mais de 80 organizações agrícolas e mais de 5.000 agricultores, o secretário-geral da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Luís Mira, em declarações à Revista Agricultura e Mar, refere que a ministra [Maria do Céu Antunes] daqui para a frente pode ser a ministra da Agricultura, mas não dos agricultores, é a ministra da alcatifa”.
Agricultura e Mar