A Agepor — Associação dos Agentes de Navegação de Portugal, a APAT — Associação dos Transitários de Portugal e o CPC — Conselho Português de Carregadores sugerem que o Governo e as Administrações Portuárias, “uma vez terminadas as presentes greves, possam estudar as alternativas de licenciar, concessionar, privatizar serviços operacionais, na esfera portuária”.
“Talvez essas alternativas promovam uma maior inovação e eficiência em cada porto e criem uma dinâmica global diferente retirando a estes serviços os constrangimentos de estarem na esfera publica”, refere aquelas três associações do sector marítimo-portuário em comunicado conjunto.
Relembre-se que os trabalhadores das Administrações Portuárias estão em greve até ao final de Janeiro. O ministro das Infra-estruturas, João Galamba, que acaba de substituir Pedro Nuno Santos no cargo, vai reunir-se na segunda-feira, 9 de Janeiro, com o SNTAP – Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias.
No mesmo comunicado, Agepor, APAT e CPC referem que “não podem calar a sua voz quando se vive uma greve dos trabalhadores das Administrações Portuárias que atinge os portos portugueses”.
“O resultado directo desta greve é o mau funcionamento dos portos que se traduz em atrasos e cancelamentos de escalas de navios, com evidentes prejuízos e custos desnecessários para toda a economia, com reflexos negativos na competitividade das exportações e no consumo interno, ou seja, nos bolsos de todos os portugueses”, acrescenta o mesmo comunicado.
E realça que, “indirectamente, e ainda mais grave, porque as suas consequências perduram no tempo, são os danos que estas greves causam na imagem dos portos portugueses. Os armadores, sempre que possível, minimizam riscos evitando e fugindo dos portos “problemáticos” quando desenham a rotação dos seus navios. Passam a servir esses mercados por portos alternativos prejudicando a tão importante, como fundamental, conectividade de Portugal com o Mundo”.
No seu último comunicado sobre estas recentes greves a Agepor referiu que “importa procurar soluções imaginativas que eliminem estes conflitos e ao mesmo tempo contribuam para a competitividade e criatividade futura dos portos portugueses”.
“Portugal precisa de paz nos portos. Não nos cansamos de o afirmar. Depois de longos anos perturbados pela greve dos estivadores só faltaria agora uma longa greve nas Administrações Portuárias para denegrir a imagem internacional dos nossos portos”, dizem ainda aquelas três associações do sector marítimo-portuário.
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