O ministro das Infra-estruturas, João Galamba, que acaba de substituir Pedro Nuno Santos no cargo, vai reunir-se na segunda-feira, 9 de Janeiro, com o SNTAP – Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias.
A reunião realiza-se na sequência do pedido de audiência do SNTAP, que cumpre uma greve nos portos comerciais até dia 30 de Janeiro, refere uma nota à comunicação social do Ministério das Infra-estruturas.
E adianta que, para terça-feira está também agendada uma reunião entre o ministro das Infra-estruturas e todas as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores das Administrações Portuárias, com vista à auscultação do sector marítimo-portuário.
Impacto da greve
A APAT — Associação dos Transitários de Portugal estima que o protesto em curso nos portos portugueses poderá ter “um impacto no comércio internacional de cerca de 100 a 150 milhões de euros por dia no País” e, em comunicado, apela a um “entendimento o mais rapidamente possível”.
Por sua vez, a AIP — Associação Industrial Portuguesa alertou para “sérios prejuízos” que estão a ser causados pela greve dos trabalhadores das administrações portuárias e pediu a “abertura de canal de negociação”.
“Os constrangimentos no fluxo de mercadorias e no funcionamento das cadeias de abastecimento devido à greve de uma minoria de funcionários das administrações portuárias em alguns dos portos está a provocar sérios prejuízos nos carregadores (exportadores/importadores) nacionais e nos armadores”, destaca a AIP em comunicado.
Ainda sobre esta greve, que começou a 22 de Dezembro, a FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, que tem estado em contacto com o Governo, publicou um comunicado que vem alertar para a grave situação que a greve dos trabalhadores das administrações portuárias está a causar às empresas do sector agroalimentar, apelando às partes envolvidas para que cheguem rapidamente a uma solução para este conflito laboral.
A manter-se, “a greve dos trabalhadores das administrações portuárias coloca em causa o normal funcionamento da indústria agroalimentar, sector para o qual os portos do continente, Madeira e Açores são porta de entrada de matérias-primas no País. De igual modo, compromete a exportação de bens e o cumprimento de prazos de entrega de encomendas, situação que coloca em causa relações futuras com o exterior”, frisava a Federação, n o passado dia 29 de Dezembro, realçando que “o risco de ruptura no abastecimento de algumas matérias-primas para alimentação é já uma realidade.
Agricultura e Mar