A Comissão Europeia apresentou hoje, 18 de Maio, as suas propostas relativas ao plano REPowerEU, um plano para reduzir rapidamente a dependência dos combustíveis fósseis russos e acelerar a transição ecológica, que requer um investimento adicional de 210 mil milhões de euros até 2027.
No entanto, a proposta da Comissão passa por pagar o REPoweEU com os fundos de Recuperação e Resiliência, para os quais podem ser feitas transferências dos Fundos de Coesão (até 12,5% da dotação nacional, mais 26,9 mil milhões ) e dos Fundos Agrícolas de Desenvolvimento Rural/Política Agrícola Comum (PAC) (também até 12,5%, no valor e 7.500 milhões de euros).
Mas, em comunicado, a Comissão refere que “cortar as importações russas de combustíveis fósseis também pode economizar quase 100 mil milhões de euros por ano. Estes investimentos devem ser suportados pelo sector privado e público, e a nível nacional, transfronteiriço e da UE”.
Segundo a Comissão Europeia, para 85% dos europeus, a UE deve reduzir a dependência do gás e do petróleo russos o mais rapidamente possível para apoiar a Ucrânia. As medidas previstas no Plano REPowerEU propõem fazê-lo através da poupança de energia, da diversificação do aprovisionamento energético e da implantação acelerada das energias renováveis para substituir os combustíveis fósseis no sector do alojamento, na indústria e na produção de energia.
Para a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, “há já quase três meses que a Rússia está a travar uma guerra brutal contra a Ucrânia. E ameaça todos aqueles que apoiam a reacção em legítima defesa da Ucrânia. A guerra de Putin coloca a nossa União perante desafios fundamentais. Assim, as propostas hoje apresentadas no Colégio de Comissários abordam a segurança do nosso aprovisionamento energético, a defesa e a Ucrânia, um dos países vizinhos da UE. A guerra de Putin está a perturbar o mercado mundial da energia. Expõe a nossa dependência da importação de combustíveis fósseis e o quanto vulnerável somos por dependermos da Rússia. Temos de reduzir o mais rapidamente possível a nossa dependência energética da Rússia”.
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