O Centro Pinus — Associação para a Valorização da Floresta de Pinho assinalou o Dia da Floresta Autóctone, no passado dia 23 de Novembro, com o lançamento do Ciclo de Tertúlias “A Bioeconomia do Pinhal”.
A primeira conversa decorreu em torno da resina com o mote “A resina: presente, passado e futuro” no evento online organizado pelo Centro Pinus, em parceria com a Zero — Associação Sistema Terrestre Sustentável e a Resipinus – Associação de Destiladores e Exploradores de Resina.
A tertúlia contou com aproximadamente 130 participantes, uma audiência diversificada na qual estiveram representados os consumidores, representantes de ONG´s de Ambiente, empresas da fileira da resina e associações de produtores florestais, assim como, representantes de organismos da administração pública central e local, investigadores de Ensino Superior e entidades de I&D.
Apoios do PRR
A sessão moderada por Marília Moura começou com o contributo de Susana Carneiro (Centro Pinus) que relembrou as oportunidades que a Bioeconomia representa para o pinhal português e para a fileira do pinho, ao existir uma maior procura de matérias-primas de base natural e fundos disponíveis do actual Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a resinagem o que se reflectirá no pinhal. .
Do quadro de oradores especializados no tema, Mariana Ferreira (Luresa Resinas) apresentou alguns dos objectos e materiais do quotidiano em que a resina está presente, destacando o potencial que o produto resinoso representa em termos de inovação industrial e futuras aplicações.
Já Marco Ribeiro (Resipinus) relacionou a resinagem com a valorização do território, relembrando o papel do resineiro na defesa do pinhal, nomeadamente na prevenção dos incêndios e na possibilidade de conjugar a actividade da resinagem com os trabalhos de manutenção da floresta.
Filme “Resina”
A segunda parte da sessão recebeu a estreia do filme “Resina” da autoria de Paulo Lucas, um registo documental de 2019 que retrata o olhar e a técnica do resineiro António Jorge, também presente na tertúlia, e que há vários anos desenvolve a sua actividade nas florestas de pinho. Pode ver o filme aqui.
O ciclo de tertúlias de Bioeconomia promovido pelo Centro Pinus pretende sensibilizar o cidadão-consumidor para a importância dos recursos naturais de origem renovável oferecidos pela floresta de pinheiro-bravo, num momento em que se procuram alternativas de base biológica para a substituição de combustíveis fósseis.
A resina natural, a madeira para construção e a casca do pinheiro são alguns dos produtos florestais realçados durante este ciclo, reforçando o contributo da fileira do pinho na transição para uma economia descarbonizada, mais circular e compatível com a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade.
Agricultura e Mar Actual