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Centro Pinus: apoio de 33 M€ do PRR à resinagem reforça sector e valoriza, ainda mais, o pinheiro-bravo

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem disponível um apoio de 33 milhões de euros para o sector da resina natural portuguesa. Um tema que foi alvo de debate na primeira conversa do Ciclo de Tertúlias “A Bioeconomia do Pinhal”, com o mote “A resina: presente, passado e futuro”, organizada pelo Centro Pinus — Associação para a Valorização da Floresta de Pinho.

Nesta tertúlia, , em parceria com a Zero — Associação Sistema Terrestre Sustentável e a Resipinus – Associação de Destiladores e Exploradores de Resina, foram realçadas as potencialidades da resina natural portuguesa e as oportunidades de futuro criadas pelo montante disponível no PRR que “vão permitir reforçar o sector da resinagem e valorizar, ainda mais, o pinheiro-bravo em Portugal”, realça o Centro Pinus nas suas conclusões do evento.

No encontro, foi dada a conhecer a versatilidade da resina do pinheiro-bravo e a forma como está presente numa infinidade de produtos do nosso quotidiano, desde tintas, colas, vernizes, adesivos, ceras depilatórias, mas também em cosméticos, na indústria farmacêutica e no sector alimentar. Relembrou-se, ainda, que o potencial deste recurso florestal não termina aqui e que estão a ser estudadas novas aplicações e métodos de inovação na bioindústria em ascensão.

“O novo contexto de reactivação da resinagem na floresta portuguesa será uma oportunidade também para dignificar a actividade do resineiro. Este profissional passa grande parte do ano no pinhal (da Primavera ao Outono) e é um agente importante tanto na valorização do território como na vigilância da floresta durante o período crítico de incêndios”, referem as mesmas conclusões.

O Centro Pinus recorda ainda a importância da resinagem na economia nacional. De acordo com os últimos Indicadores da Fileira do Pinho em 2020, compilados pelo Centro Pinus, onde se pode ver que os produtos resinosos representam 104 milhões de euros do total de 1.725 milhões de euros das exportações das indústrias da fileira do pinho nacional, estes números apontam para um crescimento de 1,5% em relação a 2019.

209 operadores na extracção de resina

Ainda de acordo com os dados recolhidos pelo Centro Pinus, actualmente, estão registados, em Portugal, 209 operadores na extracção de resina. Contabilizam-se 16 empresas industriais de 1ª e 2ª transformação desta matéria-prima que, em conjunto, representam mais de 1.500 postos de trabalho.

O preço médio da resina nacional à entrada da fábrica rondou os 1,11 €/kg sendo que, em 2020, a produção de resina nacional à entrada da fábrica ascendeu às 6.750 toneladas. De frisar que a resinagem pode representar para o produtor uma receita adicional de 50 a 500€ por hectare.

O Ciclo de Tertúlias “A Bioeconomia do Pinhal” irá abordar, futuramente, temas como as aplicações da casca de pinheiro e apresentar projectos inovadores de construção.

Filme Resina da autoria de Paulo Lucas:

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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