A actual conjuntura no sector da produção de leite e suínos em Portugal “tem origem em questões relacionadas com o funcionamento do mercado nacional e europeu que só podem ser resolvidas com a intervenção das autoridades nacionais e europeias”, garante a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
Em comunicado, aquela entidade recorda que a distribuição “não é o único player relevante na formação dos preços, que têm em conta vários vectores: relação entre a oferta e a procura, conjuntura europeia desfavorável que se tem acentuado ao longo dos últimos anos, fortíssimo impacto do embargo russo na produção nacional – para o qual a APED desde há muito tem vindo a chamar a atenção – e fim das quotas leiteiras”.
Distribuição disponível para dialogar
O sector da distribuição, prossegue, “mantém-se como sempre disponível para dialogar com os produtores e apoiar a produção nacional. São vários os exemplos de colaboração, com a distribuição sempre presente em todas as plataformas de diálogo existentes na cadeia de valor. Nota para o desenvolvimento de relações de parceria desde há muito anos com a produção nacional, porque só com uma produção forte e organizada se consegue servir o consumidor português”.
“O sector da distribuição cumpre a legislação em vigor quer a nível nacional, quer comunitário e em todos os domínios que têm a ver com a sua actividade. Pauta-se por uma conduta de colaboração com as instituições públicas e privadas na definição e execução das boas práticas comerciais em vigor no sector”, adianta o comunicado.
Esta posição da APED foi assumida na sequência dos recentes protestos dos produtores de leite e de suínos, que reivindicam medidas que promovam a sustentabilidade económica dos respectivos sectores.
Agricultura e Mar Actual