As autoridades espanholas informaram , no passado dia 19 de Fevereiro, as organizações agrárias e cooperativas da Comunidade Valenciana da aparição de um sexto foco de Xylella fastidiosa na província de Alicante, e de novo apenas em amendoeiras. A a solução avançada passa pelo arranque de 35.000 árvores, ou seja, 25% do cultivo.
As análises positivas à doença que começou por dizimar olivais encontram-se dentro da actual zona demarcada, são da mesma sub-espécie múltiplex e voltam a aparecer em plantações adultas de amendoeiras. Detectaram-se 47 parcelas com amendoeiras infectadas em Alcalalí, Altea, Balones, Benigembla, Benimassot, Benissa, Calp, Facheca, Gata de Gorgos, Llíber, Parcent, Quatretondeta, Senija, Tàrbena, Vall d’Alcalà e Xaló.
Análises
As autoridades informaram os agricultores de que na Comunidade Valenciana, para a análise de Xylella fastidiosa se tiveram em conta, no total, 11.784 amostras, com 5.887 resultados negativos e 176 positivos, procedentes de 153 parcelas de cultivo de amendoeira, as restantes estão pendentes de resultados.
Das 11.784 amostras, 2.911 são provenientes de viveiros e/ou centros de jardinagem, 7.680 de plantações regulares, 828 do meio natural e outros, e 365 de parques e jardins.
Agricultores contra
As associações de agricultores já reagiram dizendo que o Ministério da Agricultura está a actuar “como uma galinha sem cabeça” na sua luta contra a Xylella, ao mesmo tempo que criticam que arrancar 35.000 amendoeiras não vai acabar com a praga e sim com 25% da cultura naquela província espanhola.
Os agricultores queixam-se de que não se podem arrancar 35.000 árvores sem se saber o verdadeiro alcance da praga, uma vez que de 12.000 amostras não se chegaram a analisar sequer 8.000, e afirmam que a bactéria está localizada.
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