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Valorsul e a Lipor apresentam caminhos para atingir neutralidade carbónica até 2050

A Valorsul e a Lipor organizaram uma Conferência para debater, com os principais especialistas internacionais, a problemática da Captura, do Armazenamento e a Utilização de Carbono gerado nas Centrais de Valorização Energética, tendo por objectivo atingir a neutralidade carbónica até 2050.

O debate realizou-se hoje, 15 de Maio, em Lisboa e contou com a presença do ministro do Ambiente e Acção Climática, Duarte Cordeiro. A sessão contou ainda com as presenças de José Manuel Ribeiro, presidente do conselho de administração da Lipor, Marta Neves, presidente da comissão executiva da Valorsul, e Nuno Lacasta, presidente do conselho directivo da Agência Portuguesa do Ambiente.

O Acordo de Paris, firmado na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas em 2015, estabeleceu o compromisso de rumar à neutralidade carbónica até 2050, com a finalidade de travar as alterações climáticas e prevenir consequências nefastas para o Planeta. Em debate estiveram os caminhos, as soluções e os compromissos para colocar em prática, por Organizações e Estados nos próximos anos, refere uma nota de imprensa conjunta da Valorsul e da Lipor .

A Valorsul desde o início da sua constituição que “trabalha diariamente com este desígnio, tendo sido pioneira na utilização de viaturas pesadas para transporte de resíduos movidas a gás natural, assim como na valorização do fluxo selectivo de biorresíduos, que tem ganho cada vez mais destaque ao nível ambiental pelo facto de contribuir largamente para a redução das emissões de CO2 equivalente. Continua também a trabalhar na transição da actual cadeia de valor de resíduos para uma cadeia de valor de recursos, maximizando a reintrodução de materiais na economia, e a procurar encontrar soluções de baixo carbono para as futuras centrais de tratamentos e sistemas de recolha e de transporte” da empresa.

Segundo Marta Neves, presidente da comissão executiva da Valorsul, “é da máxima urgência que pensemos como vamos trabalhar todos em conjunto neste sector, para alcançar estas importantes metas do Acordo de Paris, que devem ser uma preocupação comum de organizações privadas, organismos públicos e cidadãos. Os objectivos que temos de alcançar fazem já parte da estratégia da Valorsul. Os caminhos, esses sim, são os que hoje estamos a discutir com elevado nível técnico”.

Já na Lipor, “há um claro objectivo de descarbonização das actividades operacionais de Valorização dos Resíduos Urbanos, produzidos na região do Grande Porto”, acrescenta a mesma nota.

Para além de outras iniciativas e projectos em marcha, a questão da captura do CO2 produzido na Central de Valorização Energética da Maia “é fundamental para a redução significativa da pegada carbónica da LIPOR, para além de representar um importante activo que permitirá encarar o desenvolvimento de um projecto de produção de combustíveis sintéticos ecológicos”.

Para José Manuel Ribeiro, presidente do conselho de administração da Lipor, “naquilo que significa a transformação do actual modelo de negócio da Lipor, a nossa busca de parcerias para desenvolver produtos de alto valor acrescentado, é uma realidade a que não são alheios projectos de elevada complexidade, mas de altíssimo valor ambiental e até económico, como é o caso da produção de combustíveis ecológicos para o sector da aviação”.

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