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UNAC destaca importância dos montados de sobro e azinho enquanto florestas multifuncionais

A UNAC – União da Floresta Mediterrânica marcou presença num evento organizado pelas associações europeias de produtores florestais (CEPF, Copa-Cogeca, ELO e Eustafor), no qual salientou a “importância dos montados de sobro e de azinho enquanto florestas multifuncionais e o seu contributo na prestação de serviços do ecossistema, sensibilizando para a necessidade de considerar os sistemas agroflorestais na Estratégia Florestal Europeia que será elaborada durante o ano de 2020”.

Moderado pelo deputado Petri Sarvamaa, relator da iniciativa parlamentar dedicada à Estratégia Florestal Europeia, neste evento foram apresentadas várias tipologias de floresta na Europa, tendo ficado demonstrado que a diversidade existente obrigará a soluções feitas à medida e não a receitas transversais.

A necessidade de equilíbrio entre as componentes economia x ambiente x social foi salientada como urgente, ao contrário do que aparenta estar plasmado no recente Green Deal, em que o ambiente parece sobrepor-se às restantes vertentes, pressupondo que a futura Estratégia Florestal estará enquadrada numa Estratégia Europeia para a Biodiversidade e não o contrário, realça um comunicado da UNAC.

Desenvolvimento das economias rurais

“As florestas foram chamadas a ter um papel crucial na política de adaptação e mitigação climática, mas o sucesso depende das soluções propostas acautelarem a componente produtiva, uma vez que esta se afigura como fundamental na manutenção e desenvolvimento das economias rurais”, diz a direcção da União da Floresta Mediterrânica.

Acrescenta o mesmo comunicado que, também na prestação dos serviços de ecossistema, ficou patente que a maximização de determinados serviços, nomeadamente através da renaturalização das florestas constituirá um risco à conservação das mesmas nos ecossistemas mediterrânicos, onde o fogo é o maior risco a considerar.

“As florestas precisam de gestão para um contributo eficaz em termos de sequestro de carbono, preservação da biodiversidade, conservação do solo e da água, resiliência aos incêndios florestais, etc”, realça a UNAC.

E explica que em Portugal, numerosos estudos científicos “comprovam que a gestão dos montados assegura uma maior quantidade e diversidade nos serviços do ecossistema do que os montados abandonados ou intensamente explorados em todos os seus recursos. Foi, e é ainda, a conjugação da silvicultura e da agricultura na mesma parcela que permitiu chegar até hoje com este património florestal de elevado valor ambiental. Esperamos que continue a sê-lo numa futura estratégia europeia”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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