Para ajudar a resolver esta situação,
A Tetra Pak, líder mundial em soluções de embalagem e processo de alimentos, apresenta a campanha “Vamos alimentar o futuro”, uma estratégia abrangente para a transição sustentável do sistema alimentar e a redução do desperdício.
Isto porque “o desperdício alimentar é um problema com um grande impacto económico, social e ambiental. Estima-se que mais de 12% da população portuguesa sofra de insegurança alimentar moderada ou severa. No entanto, em 2021, 1,8 milhões de toneladas de alimentos foram desperdiçados”, refere uma nota de imprensa da empresa.
Internacionalmente, o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 12.3 da Agenda 2030 da ONU estabeleceu a redução para metade do desperdício alimentar per capita, ao nível do retalho e consumo, e a redução do desperdício alimentar ao longo das cadeias de produção e de abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita.
“Com uma presença em mais de 160 países e um vasto conhecimento das cadeias de valor alimentar, o papel da Tetra Pak na mitigação do desperdício pode fazer a diferença, e estamos empenhados em ajudar a promover a mudança para sistemas alimentares mais seguros, sustentáveis e resilientes através da nossa experiência e capacidades”, afirma Ramiro Ortiz, director geral da Tetra Pak Iberia.
Como tal, a campanha “Vamos alimentar o futuro” centra-se em quatro áreas principais como motor da mudança para ajudar a reduzir o desperdício alimentar:
- Soluções de embalagem e tecnologia que prolongam o prazo de validade dos alimentos e reduzem o desperdício no processo de produção. A Tetra Pak tem soluções de embalagem asséptica que contribuem para a redução de bactérias nocivas e ajudam a retardar a deterioração natural dos alimentos perecíveis. Isto permite uma distribuição mais alargada de alimentos perecíveis sem a necessidade de refrigeração, reduzindo as perdas durante o transporte e armazenamento. Além disso, a vasta gama de formatos de embalagens adapta-se às preferências dos consumidores e ajuda a evitar o desperdício alimentar. Por outro lado, a Tetra Pak estabeleceu um objectivo de redução do desperdício alimentar de 50%, até 2030, através da sua tecnologia de automatização de fábricas de produção e de tecnologias eficientes de processo alimentar que optimizam todo o processo de produção e reduzem as perdas alimentares. Um exemplo é a utilização do grão de cerveja usado através do processo de esterilização patenteado pela Tetra Pak, que permite a sua transformação noutro ingrediente para aplicações alimentares adicionais, como o leite vegetal ou o pão.
- Colaboração com parceiros estratégicos e investimento em tecnologias que permitem optimizar os recursos e convertam os fluxos secundários da produção alimentar em ingredientes de valor acrescentado. Esta abordagem favorece a economia circular porque visa valorizar as matérias-primas e os resíduos de produção actualmente desperdiçados. Por exemplo, a colaboração com a EnginZyme permitiu a transformação do soro acidificado, um subproduto da produção de queijo com elevado valor nutricional, utilizando um sistema de enzimas inteligente que implica um consumo de energia significativamente menor. Outro exemplo seria a combinação de sistemas de filtração e purificação de água procedente da produção de queijo, que reduz os efluentes residuais e aumenta a eficiência produtiva da fábrica.
- Sensibilização para o consumo responsável. É crucial intensificar os esforços de consciencialização do público para reduzir o desperdício alimentar através de acções individuais em casa. Para este efeito, a Tetra Pak desenvolve programas educativos e de sensibilização sobre o impacto do desperdício e disponibiliza aos consumidores ferramentas práticas para contribuir para a sua redução em casa. Como parte do seu programa interno “Experiência Alimentar”, a Tetra Pak estabeleceu objetivos ambiciosos para reduzir o desperdício alimentar nas suas próprias instalações em 50%, até 2030, através de uma seleção cuidadosa de alimentos e bebidas nos seus restaurantes corporativos, bem como da promoção do consumo responsável entre os seus colaboradores. Na mesma linha, está também empenhada na divulgação positiva dos conceitos de consumo para estimular os critérios responsáveis do próprio consumidor. Neste ponto, é importante esclarecer conceitos de consumo como o tratamento UHT, que confere ao leite um prazo de validade mais longo e elimina a necessidade de refrigeração, ou avaliar a proposta de substituir a referência “consumir até” por “consumir de preferência antes de” para produtos não tão perecíveis, como os lacticínios.
- Mecanismos políticos e sistemas de financiamento para apoiar a iniciativa industrial. Neste domínio, é necessária uma maior cooperação público-privada para promover uma transição sustentável e sustentada ao longo do tempo. A Tetra Pak propõe que as políticas de combate ao desperdício alimentar considerem a definição de metas e objectivos exequíveis para os agentes privados, bem como intervenções direccionadas para as fases mais críticas das cadeias de valor alimentar e das regiões. Na mesma linha, seria importante considerar um regime fiscal especial que promovesse a redução do desperdício alimentar e incentivasse boas práticas como a doação de alimentos, melhorias tecnológicas ou a reutilização de matérias-primas.
“Para travar este problema, tanto o sector público como o privado desempenham um papel fundamental e são necessários esforços em toda a cadeia de valor alimentar, incluindo os consumidores. Estamos empenhados em trabalhar em parceria com todos os intervenientes para conseguir uma mudança significativa e duradoura em Portugal. Juntos, podemos alimentar um futuro mais sustentável para todos”, sublinha Ramiro Ortiz.
Agricultura e Mar