O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que, em 2022, os subsídios pagos ao produtor agrícola registem um valor 2,6% superior ao do ano transacto, segundo a informação disponibilizada pelo IFAP — Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas.
Segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2022, do INE, o aumento verifica-se nos Subsídios aos produtos e nos Outros subsídios à produção (+5,9% e +1,9%, respectivamente). Os acréscimos das ajudas atribuídas aos produtores de leite e à produção de milho são os que mais contribuem para o aumento estimado dos subsídios aos produtos.
Nos Outros subsídios à produção, o acréscimo estimado é menos significativo e resulta do efeito conjugado de várias ajudas, com um aumento nomeadamente do Pagamento Greening (práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente).
Os técnicos do INE explicam que os subsídios foram estimados tendo em conta a informação disponibilizada pelo IFAP em Novembro de 2022, sobre montantes pagos aos agricultores, classificados de acordo com a metodologia das Contas Económicas da Agricultura.
No entanto, para 2022, o INE perspectiva um decréscimo de 11,8% do rendimento da actividade agrícola, medido através do Índice do rendimento real dos factores na agricultura por unidade de trabalho ano (indicador A), situação que não ocorria desde 2011.
Para esta evolução foi determinante o decréscimo do rendimento real dos factores (-13,2%), nomeadamente a redução do valor acrescentado bruto (VAB), embora atenuada pelo aumento dos Outros subsídios à produção.
Pode ler a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2022 aqui.
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