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Produção de cereais deve cair 13% em 2022. Cevada com queda de 43,5%

A produção de cereais deverá diminuir 12,9% em volume, em 2022, destacando-se o acentuado decréscimo na cevada (-43,5%). A produção de milho apresentou uma redução de 10,7%, refere a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2022, do Instituto Nacional de Estatística (INE).

E adianta que as estimativas apontam para uma redução da produção de arroz de cerca de 15,0%. “O baixo volume de produção cerealífera terá sido, no entanto, mais do que compensado por uma forte subida de preços (+57,4%), reflexo da conjugação de perturbações no mercado internacional de cereais, em resultado da guerra na Ucrânia, do aumento significativo dos preços implícitos do consumo intermédio e de condições climáticas severas”.

Quanto às plantas forrageiras, dizem os técnicos do INE que deverão registar um decréscimo em volume (-10,5%), dada a escassez de precipitação, aliada à diminuição ou falta de adubação de cobertura (devido ao aumento extraordinário dos preços dos fertilizantes), com impacto no desenvolvimento vegetativo destas culturas.

Segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2022, do INE, o ligeiro acréscimo nominal da produção vegetal (+0,6%) resulta do efeito conjugado de uma diminuição em volume (-8,0%) e de um aumento dos preços de base (+9,4%). Com excepção dos frutos e do vinho, a generalidade dos produtos vegetais deverá registar crescimentos em valor.

Para os vegetais e produtos hortícolas, o INE prevê uma diminuição da produção em volume (-4,2%), reflectindo um aumento das plantas e flores (+2,5%) e uma diminuição dos hortícolas frescos (-8,2%), sendo de destacar o decréscimo pronunciado no tomate para indústria (-15,0%).

A área contratada entre os produtores e a indústria transformadora decresceu 4,5% face à campanha anterior e o desenvolvimento da cultura foi prejudicado pelas condições climáticas. Estima-se que o preço no produtor tenha aumentado 28,6%. No computo geral, os vegetais e produtos hortícolas apresentaram um acréscimo de preços de 14,2%, adiantam os técnicos do INE.

Pode ler a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2022 aqui.

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