O Reino Unido está a enfrentar o maior surto de gripe aviária de todos os tempos, com mais de 60 casos confirmados em todo o país desde o início de Novembro.
A Directora Veterinária do Reino Unido, Christine Middlemiss, pede a todos os criadores de aves que não sejam complacentes e tomem as medidas urgentes de biossegurança necessárias para manter as suas aves seguras e ajudar a impedir a propagação da gripe aviária.
Para ajudar a mitigar a propagação da doença, o governo britânico introduziu, no mês passado, novas medidas de alojamento de aves. Assim, os detentores de galinhas, patos, gansos ou quaisquer outras aves, são agora legalmente obrigados a mantê-los isolados, fora do ar livre, e seguir estritas medidas de biossegurança. Se não fizerem isso, podem ser multados
“Os pássaros selvagens que migram do continente europeu para o Reino Unido durante os meses de Inverno e outros animais selvagens espalham a doença, por isso é vital não permitir que os pássaros selvagens se misturem com as suas galinhas, patos, gansos ou outras aves, refere um comunicado do governo britânico.
E realça que “as pessoas também podem transmitir a doença através das suas roupas e sapatos, portanto, antes de entrar em recintos destinado a aves, deve lavar as mãos e trocar ou limpar e desinfectar o seu calçado”.
Diz a Directora Veterinária do Reino Unido, que “tomámos medidas rápidas para limitar a propagação da doença, incluindo a introdução de medidas de alojamento. No entanto, estamos a observar um número crescente de casos de gripe aviária, tanto em explorações agrícolas como em aves de quintal em todo o país”.
“Muitos avicultores têm excelentes padrões de biossegurança, mas o número de casos a que estamos a assistir sugere que não está a ser feito o suficiente para evitar a gripe aviária. Quer tenha apenas algumas áves ou milhares, deve agir agora para proteger as suas aves desta doença altamente infecciosa”, acrescenta Christine Middlemiss.
Abate de 500.000 aves de produção
Este ano, o Reino Unido já confirmou 40 aviários com gripe das aves — contra 26 no ano passado —, representando o maior surto de sempre no país.
O surto deste ano já obrigou ao abate de 500.000 aves de produção, mas Christine Middlemiss, garante que, até ao momento, o risco para o consumidores é baixo.
Portugal
Já em Portugal, o INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, laboratório nacional de referência para as doenças dos animais, confirmou, ao final da manhã de 1 de Dezembro de 2021, que um evento de mortalidade ocorrido numa capoeira doméstica no concelho de Palmela ocorreu devido a infecção por vírus da gripe aviária do subtipo H5N1 de alta patogenicidade.
Segundo a DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, o plano de contingência para a gripe aviária “foi activado de imediato e as medidas de controlo previstas na legislação em vigor estão a ser implementadas no terreno”.
Agricultura e Mar Actual