A secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, esteve hoje, 24 de Julho, no Porto, na cerimónia de assinatura dos contratos dos projectos-piloto de Sistema de Reembolso de Depósitos para Garrafas e Bebidas, onde afirmou que aqueles projectos vão ao encontro da ambição do Governo e de Portugal de avançar para uma economia mais circular.
A secretária de Estado realçou que “este é um dos muitos passos dados em torno dos três objectivos operacionais que já estão concretizados em sete avisos e três projectos pré-definidos”.
Economia circular
“A promoção da economia circular, do qual este projecto faz parte, com uma dotação de cerca de 12 milhões de euros, onde apoiámos a redução do uso de materiais, energia e água no sector da construção e a redução de lixo marinho; a valorização do território, em que apoiámos as reservas da biosfera; e a descarbonização da sociedade, onde fomos olhar para medidas de adaptação do território e soluções tecnológicas de baixo carbono ou de mitigação às alterações climáticas em cidades”, frisou a governante.
Inês dos Santos Costa referiu que as Directivas de plásticos de uso único e de resíduos “trazem consigo a disrupção que Portugal tem o dever de acompanhar”, percebendo que “a competitividade da economia social também se faz de bem-estar social e preservação do sistema ambiental”.
“O que estas Directivas nos trazem é dar prioridade a produtos sustentáveis, reutilizáveis e não tóxicos, bem como aos sistemas de reutilização face a produtos de utilização única; estabelece sistemas de reembolso de depósito e metas de recolha selectiva para os respectivos regimes de responsabilidade alargada do produtor, na qual terá de garantir a recolha selectiva de 77% em peso em garrafas PET até 2025 e 90% até 2029, e na qual até 2025 as garrafas de plástico PET terão de conter no mínimo 25% de plástico reciclado, percentagem que passará a 30% em 2030», disse.
Inês dos Santos Costa destacou o compromisso pioneiro que Portugal assumiu para atingir a neutralidade carbónica até 2050 e disse que o País precisa mais de “10 milhões de portugueses a reduzir, reciclar e a reutilizar, mesmo que de modo imperfeito, do que alguns portugueses a fazê-lo de forma perfeita”.
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