As expectativas de um aumento de produtividade nos pessegueiros, na Cova da Beira, “foram goradas pela ocorrência de chuvas e trovoadas nos três últimos dias de Junho. O granizo e a água provocaram feridas e podridões na fruta de alguns pomares, inviabilizando a comercialização para consumo em fresco e depreciando o seu valor”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2024, adiantando que “globalmente a produtividade dos pessegueiros deverá ser inferior à do ano anterior (-5%) e à média do último quinquénio (-13%)”.
Por outro lado, as condições meteorológicas afectaram macieiras e pereiras na região do Oeste. “O reduzido número de horas de frio na região do Oeste prejudicou a diferenciação floral e induziu o escalonamento da floração dos pomares de pomóideas, gerando um menor número de frutos por árvore e uma grande heterogeneidade de calibres e maturação, com reflexo na diminuição da produção e na capacidade de conservação”, acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2024.
“Apesar do efeito benéfico da chuva do final do mês no aumento dos calibres, as produtividades da pêra e da maçã são consideravelmente inferiores ao normal para a região, pelo terceiro e segundo ano consecutivos, respectivamente”, realçam os técnicos do INE.
E referem que, “nos pomares de pereiras os problemas fitossanitários, designadamente o fogo bacteriano e a estenfiliose, continuam a causar prejuízos e preocupação na fileira. Em contrapartida, as condições climatéricas no Douro Sul favoreceram o desenvolvimento das pomóideas, em particular das macieiras, que deverão alcançar produtividades normais, embora inferiores às de 2023, e bons parâmetros de qualidade”.
Pode ler o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2024 aqui.
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