As pomóideas foram consideravelmente afectadas pela onda de calor, estimando o Instituto Nacional de Estatística (INE) que as quebras por escaldão no Oeste sejam na ordem dos 10% nas macieiras e um pouco menos nas pereiras.
O choque térmico provocou também a paragem no crescimento dos frutos, pelo que os calibres são na generalidade bastante inferiores ao normal, situação mais evidente nos pomares de sequeiro, refere o INE no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2022.
No entanto, acrescenta, em muitos pomares de regadio, devido aos escassos recursos hídricos, não foi possível efectuar as regas com a frequência e dotações necessárias. De forma a aumentar os calibres, alguns produtores da Beira Douro e Távora têm optado, para além da monda química, pela realização de mondas manuais selectivas.
A colheita da maçã teve início na 2ª semana de Agosto, prevendo-se quebras de produtividade de 15%. Na pêra está previsto que a colheita se inicie na 3ª semana de Agosto, sendo os decréscimos de produtividade de 30%.
Elevadas temperaturas afectam a normal maturação do pêssego
Por outro lado, as baixas temperaturas nocturnas e a formação de geadas prejudicaram a polinização e atrasaram o desenvolvimento vegetativo dos pomares de pessegueiros.
A precipitação de Março afectou a floração contribuindo, juntamente com os ventos fortes de Abril, para a queda fisiológica dos pequenos frutos, cujo desenvolvimento aparentava um vingamento consolidado.
As elevadas temperaturas têm acelerado a maturação dos frutos, sem que estes atinjam o calibre normal, sendo que nem as regas frequentes têm conseguido contrariar esta situação. Prevê-se assim um decréscimo de produtividade de 25%, acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2022.
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