O preço médio do pescado descarregado — variável não resultante das capturas nominais mas sim da valorização das quantidades descarregadas vendidas em lota — foi 1,83 euros/kg, ou seja, um decréscimo de 9,9% (-11,1% em Julho), revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2021, o preço médio dos peixes marinhos (1,55 euros/kg) teve uma diminuição de 10,4%, que ficou a dever-se sobretudo à descida do preço de espécies como os atuns, a sardinha, a cavala e o peixe-espada.
O preço médio dos crustáceos (12,90 euros/kg) diminuiu 0,6%, situação para a qual contribuiu o menor preço registado na gamba branca, caranguejo mouro e perceve. O preço dos moluscos (5,53 euros/kg) representou um acréscimo de 21,9%, devido sobretudo à subida registada em espécies como o polvo, as lulas, o mexilhão, o choco e o berbigão.
Pescado capturado
Refira-se que o volume de capturas de pescado em Portugal, em Agosto de 2021, aumentou 48,4% (+25,1% em Julho), justificado sobretudo pela maior captura de peixes marinhos, mas também de moluscos e crustáceos. Às 20.437 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 38.607 mil euros, valor que representou um acréscimo de 34,8% (+12,7% em Julho).
Para este resultado, que constituiu o maior volume de capturas de pescado registado no mês de Agosto desde 2010, não será alheio, entre outros factores, a crise pandémica da Covid-19, que em 2020 obrigou este sector a um decréscimo assinalável da actividade, estando em 2021 a assistir-se a uma recuperação significativa relativamente ao ano transacto, refere o INE.
Agricultura e Mar Actual