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Portugueses e espanhóis juntos na Feira Nacional da Agricultura em defesa da conclusão da Reforma da PAC ainda na Presidência Portuguesa da UE

A CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal e a sua congénere espanhola, a Associação Agrária de Jovens Agricultores (ASAJA) juntaram-se na primeira edição da Cimeira Ibérica da Agricultura, na Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo a realizar-se de 9 e 13 de Junho, sob o tema “A Água na Agricultura”, para que a Presidência Portuguesa possa concluir o reforma da Política Agrícola Comum (PAC) antes do final do seu mandato.

Relembre-se que, no passado dia 1 de Junho, a CAP já tinha alertado para a importância de as negociações da PAC serem concluídas até ao final do mês de Junho. Para tanto manifestou a sua inteira disponibilidade para contribuir para o sucesso desta negociação, tendo disponibilizado ao Governo português o pleno dos seus conhecimentos e da sua capacidade técnica, para que seja possível fechar este dossiê e evitar-se uma situação de previsível atraso de mais um ano na implementação da nova PAC.

A convicção das duas entidades é que um “bom acordo não o pode ser a qualquer preço” e que tem de haver consenso entre os co-decisores da UE, para que a PAC continue consistente e eficaz nos seus objectivos.

A CAP e a ASAJA “trabalham de mãos dadas” ao nível nacional e ao nível Europeu, cooperando em todas as negociações, razão pela qual se dizem em condições de afirmar que “é muito mais o que nos une do aquilo que nos separa”, refere um comunicado conjunto das duas organizações.

Medidas estáveis de longo prazo

E acrescenta que para o sector agrícola “não é admissível” ter uma reforma da PAC com um horizonte temporal de quatro anos, quando o que os agricultores necessitam “são medidas estáveis de longo prazo, para que possam fazer as suas escolhas e gerir as suas explorações agrícolas com base em resultados, e não em expectativas. É necessária estabilidade e confiança por parte dos consumidores europeus”.

Para este efeito, CAP e ASAJA propõem períodos de programação da Política Agrícola Comum com duração de 10 anos, para que possa ser feita uma “verdadeira análise de impacto dos resultados”.

A CAP e a ASAJA afirmam que “é necessária uma liderança forte na UE, porque os agricultores trabalham todos os dias com o objectivo de produzir alimentos, saudáveis, seguros e a preços razoáveis, e necessitam de medidas de longo termo para poderem fazer as escolhas mais acertadas para a suas explorações. Neste momento, o que estamos a assistir é uma incapacidade política total da parte dos decisores políticos da União Europeia, para darem segurança e estabilidade aos agricultores europeus”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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