As metas definidas pela Comissão Europeia, no âmbito do Green Deal (Pacto Ecológico Europeu), apontam para pelo menos 25% da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) em modo de produção biológico. No entanto, em 2019, Portugal contava com apenas 5,3% da superfície agrícola neste modo de produção, apesar de registar um aumento de 112,2% face a 2009.
Na UE27, em 2016, a Superfície Agrícola Utilizada média em modo de produção biológico era de 5,9%, registando um crescimento de 54,6% relativamente a 2010.
Referem o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas “Estatísticas Agrícolas — A agricultura nacional no contexto do Green Deal: menos fertilizantes minerais mas mais pesticidas face à média da UE – 2020″, que a métrica associada à Estratégia do Prado ao Prato relativa à agricultura biológica, aponta para que em 2030, pelo menos 25% da Superfície Agrícola Utilizada esteja certificada em modo de produção biológico. “Os dados apurados pelo Recenseamento Agrícola 2019 (RA 2019) revelam que apenas 5,3% da SAU está certificada para o modo de produção biológico, valor muito distante da meta dos 25%”.
A importância da SAU em modo de produção biológico na UE27 em 2016 (última informação disponível) era de 5,9%, sendo de 5,3% (dados do RA 2019) em Portugal.
Referem os técnicos do INE que em Portugal registou-se um significativo aumento da SAU em modo de produção biológica (+112,2%) entre 2009 e 2019. Esta evolução coloca Portugal a par dos Estados-membros em que a importância da SAU em modo de produção biológica é inferior à média da UE27, mas que apresentam crescimento da SAU biológica.
O único Estado-membro em que a SAU biológica decresceu foi a Grécia. A Áustria foi o que registou o maior peso da SAU biológica em 2016 (21,4%).
Ver também:
Portugal é o Estado-membro da UE com menor consumo de fertilizantes minerais
Pode ler as Estatísticas Agrícolas 2020 completas aqui.
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