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Paulo do Nascimento Cabral defende protecção das baleias e dá “o bom exemplo dos Açores”

O eurodeputado do Partido Social Democrata dos Açores (PSD/Açores) Paulo do Nascimento Cabral foi o representante do Grupo Político PPE (Partido Popular Europeu) no debate sobre “o Reforço da acção internacional para proteger as baleias na sequência da decisão da Islândia de prolongar a caça comercial da baleia até 2029”, que decorreu ontem no Plenário de Estrasburgo.

Começou a sua intervenção referindo que “vemos com profunda preocupação a extensão até 2029, da autorização dada pela Islândia da caça à baleia. Este é um dos últimos 3 países do mundo que ainda resistem à proibição destas capturas iniciada na época de 1985/86, através de uma moratória decretada pela Comissão Baleeira Internacional (CBI)”. Este organismo internacional tem a competência da conservação e gestão das unidades populacionais de baleias e a União Europeia tem assento, mas como observador, refere uma nota de imprensa do gabinete do eurodeputado.

É tempo de acabar de vez com a caça à baleia. Islândia, Japão e Noruega, sigam o exemplo dos Açores

A União Europeia tem adoptado medidas para proteger as baleias, mas como estas são espécies migratórias, a sua protecção só será eficaz se forem adoptadas a nível internacional, medidas equivalentes de conservação, acrescenta a mesma nota.

“Numa visão de que temos apenas um único Oceano”, Paulo do Nascimento Cabral desafiou a Comissão a “incluir também a defesa das baleias no futuro Pacto dos Oceanos, pois esta é uma responsabilidade de todos nós”.

“Quase quatro décadas depois da moratória, as grandes baleias continuam a enfrentar graves e crescentes ameaças, desde as alterações climáticas e captura acidental, à poluição, colisão com embarcações, ou falta de alimento disponível”, salienta a mesma nota, adiantando estimar-se que “as grandes baleias armazenam hoje menos 9,1 milhões de toneladas de carbono do que o que era armazenado pela grande população de baleias, antes do início da caça às mesmas”.

Paulo do Nascimento Cabral lembrou que “para além da admiração e respeito que todos devemos ter por estes majestosos mamíferos, preservando-os, destaco ainda o valor estimado pelo Fundo Monetário Internacional de que cada baleia vale mais de 2 milhões de euros, e toda a população existente equivalha a 1 trilhão de euros”.

As grandes baleias armazenam individualmente durante a suma média de 33 toneladas de carbono, sendo que quando morrem naturalmente, descem até ao fundo do mar, capturando o carbono por centenas de anos.

Segundo o eurodeputado do PSD, “foi com esta consciência ambiental que muitos países optaram por transformar a actividade da caça à baleia, tão presente e característica de tantas zonas costeiras europeias, em Whale-Watching”, tendo destacado “o sucesso do caso dos Açores, em que anualmente cerca de 60 mil pessoas fazem observação de cetáceos, gerando durante a sua estadia mais de 200 milhões de euros por ano, o que é muito relevante para estas economias e superior ao valor alcançado com a sua caça”.

Salientou ainda que “temos cada vez mais, de avançar para uma abordagem mundial não letal destes animais marinhos, pois só assim traremos benefícios valiosos tanto em termos socioeconómicos como científicos. Contribuímos ainda para a literacia do Oceano, pois motiva o interesse do público em proteger a vida e os ecossistemas marinhos e o ambiente em geral”.

Finalizou referindo que “é tempo de acabar de vez com a caça à baleia. Islândia, Japão e Noruega, sigam o exemplo dos Açores”.

 
       
   
 

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