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PAN quer saber qual o impacto do olival intensivo no ambiente e na saúde

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza alerta para a expansão de olival intensivo em regiões de maior escassez de água sem estudos de impacte prévios, assim como a falta de regulação e monitorização na utilização de pesticidas e fertilizantes. Por outro lado, diz haver contaminação de solos e aquíferos com consequências na saúde pública e que os relatórios do Grupo de Trabalho do Olival nunca foram publicados.

Por isso, o PAN acaba de dar entrada de uma iniciativa legislativa que visa a análise do impacte dos olivais intensivos nos recursos naturais, ecossistemas e saúde pública.

“A crescente reconversão do olival tradicional em plantações intensivas de grande escala, recorrendo a métodos de cultivo dependentes de fertilizantes, pesticidas e de quantidades de água insustentáveis deveria ter sido devidamente acompanhada pelas entidades competentes, para que fossem identificados atempadamente os impactes negativos nos recursos naturais”, diz fonte do partido.

Para o PAN, a falta de regulação e monitorização na utilização de pesticidas e fertilizantes, com o sentido de aumentar a produtividade, “induzem a contaminações dos solos e consequentemente dos recursos hídricos subterrâneos, que consequentemente terá impacto não só nos ecossistemas como na saúde das populações das áreas circundantes”.

Diminuição de biodiversidade

As plantações intensivas de única espécie, mesmo autóctones, diz o PAN, implicam no ecossistema a diminuição de biodiversidade, diminuição da resiliência das culturas a infestações, e menor capacidade de adaptação às alterações climáticas por serem dependentes do regadio e dos pesticidas aplicados.

Sendo que a maioria das plantações de olival cultivado de modo intensivo estão localizadas maioritariamente a Sul de Portugal, onde existe tendencialmente maior escassez de água, para o partido “parece irreflectida a permissão da sua expansão sem estudos de impacte prévios, sustentando-se na existência de uma estratégia de regadio que irá suportar estes cultivos”.

Grupo de Trabalho do Olival

O PAN realça ainda que, em 2008, terá sido constituído por meio do despacho n.º 26873/2008, de 23 de Outubro, o Grupo de Trabalho do Olival (GTO) com o objectivo de “realizar as análises consideradas necessárias ao acompanhamento constante da evolução das características e estado da fertilidade dos solos, e à apresentação anual de um relatório com as respectivas conclusões”.

“Contudo, nunca terão sido publicados estes relatórios”, afirmam os responsáveis pelo PAN.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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