A Fruit Attraction Madrid, uma das maiores feiras internacionais de frescos da Europa, realizava-se esta semana. Mas a pandemia de Covid-19 deu a volta aos planos dos produtores nacionais e internacionais. Este ano o evento decorrerá em formato 100% digital e a Lusomorango, a maior Organização de Produtores da fileira das frutas e legumes, em volume de negócios, é, nesta edição a única empresa nacional do sector primário, a marcar presença.
Com as limitações impostas pelas regras do distanciamento social, muitos dos certames internacionais do sector agrícola foram cancelados. Mas o evento dedicado às frutas e legumes, que costuma decorrer no IFEMA, a feira internacional de Madrid, que reuniu na passada edição 1.800 expositores (provenientes de 130 países) e 90.000 visitantes, adoptou nesta edição de 2020 o formato digital ao longo do mês de Outubro.
Luís Pinheiro, presidente do conselho de administração da Lusomorango, afirma que “não podíamos deixar de estar presentes, enquanto players de referência do mercado português, num dos principais pontos de encontro com os nossos mercados de destino. Mesmo não contemplando a presença física, acreditamos que a presença digital neste evento, numa altura em que os consumidores procuram cada vez mais produtos hortofrutícolas, em fresco, nutritivos, vitamínicos e saudáveis principais características dos pequenos frutos é fundamental para assegurar a normalidade da actividade e, sobretudo, mostrar que esta fileira enfrentou as dificuldades de cabeça erguida e que, com muito esforço e dedicação dos seus produtores e força de trabalho, conseguiu superar as dificuldades impostas pela Covid-19”.
Exportar mais a melhor preço
Atendendo ao actual momento, segundo aquele responsável, o sector tem de encontrar fórmulas alternativas para escoar a produção e pretende crescer em volume e em valor, ou seja, exportar mais quantidades a melhor preço.
“Essa é a razão pela qual apostámos em estarmos presente neste formato digital, naquela que é uma das feiras internacionais mais importantes”. Para tal, alerta, “os apoios à promoção internacional devem ser repensados e devem existir apoios específicos para a participação em feiras e certames nestes moldes, pois neste momento são a única forma de fazermos promoção e é pela via das exportações e da internacionalização que poderemos contribuir para a geração de valor e manutenção de emprego, tão cruciais nos momentos que vivemos”.
Dedicada à produção e comercialização de pequenos frutos, a Lusomorango, a maior Organização de Produtores (OP) da fileira das frutas e legumes, continua a exportar mais de 95% da sua produção tendo registado, no ano passado, um volume de negócios acima dos 65 milhões de euros.
Agricultura e Mar Actual