O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, acusa o Governo de “incapacidade, incompetência e displicência” na gestão das florestas, situação que também contribui para que Portugal seja confrontado, uma vez mais, pelo “flagelo dos fogos florestais”.
O novo líder social-democrata diz que o Executivo é “responsável pela vulnerabilidade da floresta”, bem como pela “falta de meios” no terreno. “Não é depois da casa roubada que se vão pôr as trancas na porta”, alerta.
Mas, Luís Montenegro garante que “não é retirar aproveitamento político dos incêndios. É cuidar do que é público, do que é de todos. É preciso dizer que a reforma florestal que o Governo tanto anunciou não está a funcionar no terreno. É preciso dizer que o doutor António Costa foi ministro da Justiça, foi ministro da Administração Interna, é hoje primeiro-ministro, está ligado aos 20 anos de governos socialistas que tivemos nos últimos 27 anos em Portugal”.
Aviões de combate aos incêndios
O líder do PSD, que falava na sessão de encerramento do 25º. Congresso Regional do PSD/Açores, este domingo, em Ponta Delgada, criticou o primeiro-ministro por não ter dado seguimento à aquisição de dois aviões de combate aos incêndios em 2016 iniciado pelo governo PSD/CDS-PP.
“O doutor António Costa, em 2016, recebeu do Governo anterior um projecto para comprar dois aviões, financiado pelo [programa] Portugal 2020. Eram 50 milhões de euros, mas entendeu que era mais rentável alugar do que comprar. Curiosamente, esta semana, veio anunciar o propósito de proceder a essa compra”, apontou.
O presidente do PSD entende que “governar é antecipar e evitar problemas” e não fazer “anúncios todos os dias”, pelo que o Governo socialista tem de “de ter a capacidade de tomar decisões antes de as coisas acontecerem”.
Agricultura e Mar