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Legislativas: Aliança quer mais área de regadio e aposta no turismo de caça

O Partido Aliança, liderado pelo ex-primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, quer promover o “investimento no aumento da área de regadio como forma de potenciar a vocação agrícola dos territórios, sobretudo do interior, seguindo o exemplo bem sucedido da barragem do Alqueva, que foi verdadeiramente transformativo;”.

Por outro lado, faz uma “aposta e defesa do turismo cinegético/caça, como actividade económica de base cultural e lúdica, competindo com a oferta de Espanha, que é geradora de fluxos financeiros muito importantes e contribuindo também para a defesa do território e do ambiente, através de uma organização e exploração equilibrada”.

Em declarações ao agriculturaemar.com, Pedro Santana Lopes disse acreditar na sua eleição no próximo dia 6 de Outubro: “espero domingo à noite, se Deus quiser, ser eleito e terem de contar comigo na Assembleia da República, para ser porta-voz das causas que considero justas”.

Explica Pedro Santana Lopes que “no mundo agrícola defendemos o aumento da superfície de regadio. É essencial para o País. O Alqueva, de facto, foi um grande factor de desenvolvimento da nossa agricultura, tem permitido produções intensivas de várias culturas que às vezes são contestadas por razões ambientais, mas o Aliança não subscreve essas críticas”.

Segundo se pode ler no programa eleitoral do partido liderado por Pedro Santana Lopes, há que “executar o programa nacional de regadios, com o objectivo de concretizar com celeridade os empreendimentos hidroagrícolas e apostar num programa nacional de regadios privados definindo um plano nacional de gestão da água que maximize o uso eficiente das reservas de água no subsolo”.

O Aliança propõe ainda, face aos perigos e incertezas que abalam o Mundo em termos ambientais, a criação de uma nova Autoridade que seja o garante da protecção da natureza: o Provedor da Natureza, da Fauna e da Flora e dos Ecossistemas nacionais

Futuro da PAC

Quanto à Política Agrícola Comum (PAC), o Aliança diz que se deve “assumir uma posição forte na discussão do futuro da PAC, tanto a nível nacional, como junto das instituições comunitárias e garantir uma maior convergência nos pagamentos entre Portugal e a maioria dos Estados-membros.

Refere o programa do Aliança que se tem de “executar a totalidade dos fundos comunitários do 1.º pilar da PAC, permitindo o seu pagamento ao ritmo das produções agrícolas e agilizar a Política de Desenvolvimento Rural (2.º pilar), alicerce da actividade agrícola, na manutenção e na gestão das explorações agrícolas e florestais, criando um ambiente sustentável e protector da biodiversidade”.

Apoio à internacionalização do agronegócio e à agricultura familiar

O Aliança propõe-se ainda a promover a criação de um programa de apoio às exportações e à internacionalização das empresas agrícolas e agroindustriais, que “muito têm contribuído para o aumento do PIB nacional e atrair jovens agricultores para o sector, hoje com formação nas novas tecnologias o que constitui uma base para o desenvolvimento das condições empresariais”.

 

O partido defende ainda o apoio à pequena agricultura e à agricultura familiar como “forma de preservar a nossa identidade e a nossa cultura, contrariando o abandono das zonas rurais, e assegurando o justo desenvolvimento de todo o País de forma equilibrada e diversificada”.

Por outro lado, quer incentivar a agricultura biológica, “amiga do ambiente e de excepcional qualidade preparando o sector para responder à procura crescente destes produtos”.

Investimento na ferrovia

O programa eleitoral do Aliança propõe ainda o investimento na ferrovia, “como forma de facilitar o tráfego interno, as ligações à Europa e aos portos de mar com redução do impacto ambiental”. A isenção das Portagens nas ex-scuts (A4, A6, A22, A23, A24 e A25) para residentes e empresas fixadas no interior é outra das propostas.

Por outro lado, o partido quer “enfrentar e contrariar a desertificação, o despovoamento do território e o abandono do Interior, seja através de políticas fiscais incentivadoras do investimento em territórios despovoados, seja através da descentralização de entidades e serviços”.

Mar, inovação e cultura,o trinómio fundacional da Aliança

Quanto ao mar, Santana Lopes diz que é o “mar, inovação e cultura,o trinómio fundacional da Aliança. O mar tem de ser um dos principais factores de desenvolvimento económico em Portugal. E não é. Já tivemos uma Expo dos oceanos, temos comissões dos oceanos, e na prática o Pais continua de costas viradas para o mar”.

O Aliança propõe assim uma nova abordagem política, económica e ambiental, que encare o mar como “centro de produtividade com aproveitamento estratégico de todas as suas potencialidades, através da incorporação da investigação, do conhecimento, da inovação e do desenvolvimento tecnológico”.

Refere o programa eleitoral do partido que quer uma “aposta na exploração dos recursos marinhos existentes na ZEE Portuguesa, no pleno respeito pelo Ambiente, a aposta nas novas tecnologias e nas sinergias entre Universidades/Centros de Investigação e Universidades e o respeito pelas tradições seculares do povo português.

Por outro lado,o partido liderado por Pedro Santana Lopes quer elaborar uma “estratégia de crescimento orientada para o mar que dinamize o cluster do mar português, como instrumento agregador de empresas, centros de IDT, organismos da Administração Pública e outras associações, que abranja todas as actividades económicas ligadas ao mar e envolva todos os agentes económicos, por forma a atingir metas substancialmente superiores do peso da economia do mar no PIB nacional e a promover a sua competitividade”.

Pode ver o programa eleitoral do Aliança aqui.

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