O Bloco de Esquerda (BE) apresenta-se às eleições legislativas antecipadas de 10 de Março de 2024 a defender a “revisão do preço da água para os grandes consumidores, nomeadamente do Sistema Global de Rega de Alqueva, dado que os valores estabelecidos não se repercutem nos custos das infra-estruturas (apenas é incorporada o valor da manutenção e não o das obras hidráulicas) o que tem favorecido as culturas super-intensivas e de grande impacto ambiental”.
Segundo o programa eleitoral do partido, os bloquistas defendem ainda o “alargamento para todo o País dos Planos de Eficiência Hídrica, que visam criar as condições para o uso sustentável dos recursos hídricos e criar os mecanismos necessários para fazer face à escassez da água em cenários de alterações climáticas”.
E dizem ser “necessário rever a Convenção de Albufeira para a fixação de caudais mínimos diários procedentes do lado espanhol e garantir a sustentabilidade do uso do recurso dos dois lados da fronteira. Nas albufeiras com aproveitamento energético, essa actividade não se pode sobrepor à preservação do recurso e da existência de caudais ecológicos. E é necessária a remoção de barragens e açudes obsoletos”.
O BE propõe ainda uma linha de financiamento do Estado às autarquias “para resgate dos sistemas de água privatizados”. Isto porque, “a história da privatização e gestão privada de abastecimento de água, de saneamento no globo tem sido uma história de deterioração da qualidade do serviço, de aumento exponencial das tarifas e também de uma forte rejeição e protesto das populações. Isso é verdade cá como lá fora”.
Pode ler o programa completo do programa eleitoral do Bloco de Esquerda para as legislativas de 10 de Março aqui.
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