O Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê uma produtividade média do olival para azeite superior a 3 toneladas por hectare, a mais elevada da série (1986-2021). Uma evolução ajudada pelo peso crescente dos olivais intensivos de regadio. Na azeitona de mesa a produtividade deverá, pela segunda vez desde 1986, ultrapassar as 2 toneladas por hectare.
Segundo as previsões agrícolas, em 31 de Outubro, do INE, a apanha da azeitona, que teve início em meados de Outubro nos olivais tradicionais e no final do mês nas variedades mais precoces dos olivais em sebe, prossegue sem incidentes. Após um ano de contrassafra, a floração e o vingamento decorreu com condições meteorológicas muito favoráveis, originando, de uma forma geral, uma carga de frutos significativamente superior à alcançada na campanha anterior.
O desenvolvimento e maturação da azeitona também decorreu normalmente, com a chuva de final de Outubro a, previsivelmente, permitir um aumento no calibre das azeitonas em alguns olivais tradicionais de sequeiro do Centro e Sul, após o prolongado estio dos meses de Junho a Agosto.
Globalmente, a conjugação destes aspectos com o peso crescente dos olivais intensivos de regadio (onde um maior controlo dos aspectos agronómicos minimiza os impactos dos factores ambientais sobre as culturas) permite estimar uma produtividade média superior a 3,0 toneladas por hectare, a mais elevada da série (1986-2021).
Azeitona de mesa
Na azeitona de mesa a produtividade deverá, pela segunda vez desde 1986, ultrapassar as 2 toneladas por hectare (em 2015 atingiu as 2,36 toneladas por hectare). De referir que, face a este aumento previsto, instalou-se alguma preocupação nos produtores, principalmente em Trás-os-Montes, relativamente à disponibilidade e custo da mão-de-obra para a apanha desta cultura, com um período de oportunidade de colheita muito limitado, acrescentam os técnicos do INE.
Agricultura e Mar Actual