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INE: produtividade das pomóideas deverá chegar a valores próximos dos máximos dos últimos 35 anos

As previsões agrícolas, em 31 de Agosto, do Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para um bom ano nas fruteiras. A produtividade das pomóideas deverá chegar a valores próximos dos máximos dos últimos 35 anos, com aumentos de 20% na maçã e de 40% na pêra.

Referem os técnicos do INE, no Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2021, que “o ciclo vegetativo das macieiras decorreu com normalidade nas principais regiões produtoras. Em Trás-os-Montes, a floração foi abundante e a polinização/vingamento do fruto bastante eficaz”.

E acrescentam que “a elevada carga resultante obrigou a que, após a monda química e a normal queda fisiológica de frutos de Junho, houvesse necessidade de realizar uma monda manual selectiva, por forma a promover um maior calibre dos frutos”.

Quanto aos prejuízos provocados pela queda de granizo de Junho, foram reduzidos (quer pela extensão onde ocorreram, quer pela existência de coberturas protectoras em alguns pomares) e os dias de calor intenso do Verão não causaram escaldões nas maçãs, em parte devido à maior utilização do caulino como agente protector dos frutos.

No Oeste, diz o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2021 que as primeiras colheitas nos pomares de variedades do grupo Gala iniciaram-se na semana 32 (de 9 a 15 de Agosto) tendo as dos grupos Golden e Reinetas apenas começado nos últimos dias de Agosto.

Globalmente, o INE estima uma produtividade 20% superior à alcançada na campanha anterior, ultrapassando as 24 toneladas por hectare e posicionando-se como uma das mais produtivas dos últimos 35 anos. Em termos qualitativos, de referir o menor grau Brix e calibre dos frutos em relação ao ano passado, que serão consequência quer de aspectos meteorológicos (temperaturas mais amenas e menos horas de sol), quer de aspectos culturais (maior carga de frutos que permaneceram até à maturação completa).

Pêra

Quanto à pêra, em particular à variedade Rocha, a colheita iniciou-se a 5 de Agosto e prolongou-se até ao final do mês, confirmando-se o adiantamento do ciclo em mais de uma semana, em relação ao ano passado.

Os pomares do Oeste (principal região produtora) apresentavam uma boa carga de frutos, confirmando-se a expectativa de aumentos de produtividade de 40%, face à campanha anterior, para as 16,2 toneladas por hectare, ao nível das mais produtivas. Tal como na maçã, e pelas mesmas razões apresentadas, as pêras não atingiram os valores de grau Brix e os calibres habituais, observando-se, no entanto, a predominância de frutos com muita carepa, salientam os técnicos do INE.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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