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INE: pastagens e culturas forrageiras em fim de ciclo e com boa produção

As condições meteorológicas ocorridas ao longo da Primavera (exceptuando Março, que foi muito seco), de uma forma genérica, foram favoráveis ao desenvolvimento das pastagens e forragens, impulsionando o aumento de biomassa nestas culturas, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas previsões a 31 de Julho.

A produção de matéria verde nas pastagens foi superior ao normal (previsivelmente 20% acima do habitual), prolongando o período de pastoreio directo até mais tarde e/ou reduzindo a quantidade dos aportes nutricionais de alimentos conservados (fenos, palhas, feno-silagens e rações) fornecidos aos efectivos em produção extensiva acrescentam os técnicos do INE.

Ao longo dos últimos dois meses, com a conclusão do ciclo vegetativo das pastagens de sequeiro, a disponibilidade de biomassa foi diminuindo, existindo, no entanto, a possibilidade de pastoreio dos restolhos das culturas forrageiras e das áreas de cereais de Inverno entretanto colhidas que, nalgumas explorações, tem permitido satisfazer parte das necessidades alimentares dos efectivos.

Julho frio e seco

Quanto ao clima, dizem os técnicos do INE que o mês de Julho caracterizou-se, em termos meteorológicos, como frio e seco. O valor da temperatura média do ar, 21,5ºC, foi inferior à normal 1971-2000 em 0,6ºC, posicionando este mês como o quinto Julho mais frio desde 2000. Quanto à precipitação média, os 3,7mm registados correspondem a apenas 27% da normal (13,8mm), não tendo ocorrido precipitação na maior parte das estações meteorológicas a Sul do Tejo.

No final de Julho, e de acordo com o índice meteorológico de seca PDSI, mais de metade do território continental encontrava-se em situação de seca meteorológica, sendo que a maior parte do Baixo Alentejo e a totalidade do Algarve estavam em seca moderada ou severa (quase ¼ do território continental).

O teor de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, diminuiu em todo o território face ao final de Junho, destacando-se o interior Norte e Centro, a Lezíria do Tejo, o litoral Alentejano e o Algarve como as zonas com menor valor de percentagem de água no solo, com diversos locais a atingirem o ponto de emurchecimento permanente.

Quanto às reservas hídricas, o volume de água armazenado nas albufeiras de Portugal continental5 encontrava-se nos 73% da capacidade total, valor inferior ao registado no final do mês anterior (78%) mas superior ao valor médio de 1990/91 a 2019/20 (71%) e ao valor registado em Julho de 2020 (67%).

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