AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O aumento acentuado dos custos de produção (sobretudo da alimentação) e a falta de pastagens devido à seca severa, conduziram à redução dos efectivos bovinos no final de 2022, bem como em Junho de 2023. Assim, face à menor produção nacional, o abastecimento de vitela ao mercado interno em 2023 foi complementarmente assegurado pelas importações.
A observação é do Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas “Estatísticas Agrícolas – 2023”, publicadas hoje, 23 de Julho, acrescentando que observou-se um menor volume de importações de animais vivos (-23,5% face a 2022), compensado pelo aumento de 8,1% do volume de importação de carne no ano em análise.
Adiantam os técnicos do INE que a produção de carne de bovino “situou-se nas 98 mil toneladas, tendo diminuído 5,1% em relação a 2022. Observou-se uma diminuição para “vitelos” (-8,2%) com maior descida nos animais mais leves, ou seja, da categoria “vitela (-19,2%), enquanto a categoria “vitelão” mostrou uma redução de apenas 2,7%. Na carne de bovinos adultos houve igualmente um decréscimo de 4,2%, e excepto para as “novilhas” (+1,5%), foi inferior a produção nas restantes categorias: “novilhos” (-3,0%), “bois” (-5,6%) e “vacas” (-9,2%)”.
E acrescentam que o preço dos bovinos no produtor apresentou um aumento de 10,0% em relação a 2022. O preço do leite de vaca em 2023 também esteve acima do registado no ano anterior (+17,1%), o que contribuiu para a redução do número de abates de vacas de aptidão leiteira.
A possibilidade de exportação para o mercado externo manteve-se, mas com um volume de saída de animais vivos inferior em 37,2%, face a 2022, devido à redução para países terceiros (Israel). A exportação de carne de bovino foi também inferior em 3,5%.
Pode ler as “Estatísticas Agrícolas – 2023” do INE aqui.
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