AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A Solargik, uma empresa de origem israelita inovadora na indústria de optimização de produção de energia fotovoltaica, identificou Portugal como um mercado estratégico para o seu crescimento na Europa, dada a rápida transição para a energia renovável em curso no País. E a aposta passa pelo agronegócio, onde a empresa conta já com vários projectos.
“Temos vindo a assistir a um forte crescimento no espaço agrivoltaico, o que se alinha de forma ideal com os principais pontos fortes do nosso produto”, realça o director comercial da Solargik, Mo Horowitz. “Ao co-localizar agricultura e solar, não apenas conseguimos uma utilização dupla para o terreno – trazemos a produção para mais perto dos centros de consumo, ajudando a reduzir o stress na rede e melhorando a resiliência. Essa é a chave para a redução dos custos totais e acelerara a transição”.
Beneficiando de um forte crescimento nas instalações solares e de enquadramentos legislativos favoráveis, Portugal está a emergir como um centro relevante para a inovação no mercado solar – e a Solargik “está preparada para capacitar os operadores e instaladores através da sua tecnologia de ponta que permite maximizar a produção energética e a eficiência no terreno, mesmo nos ambientes mais desafiantes e complexos”, garante uma nota de imprensa da empresa.
Apenas durante o ano de 2024, Portugal instalou 1.77 GW de nova capacidade solar, ultrapassando o recorde de ano anterior, que foi de 1,3 GW, elevando a capacidade instalada no país para 5,66 GW, de acordo com a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). As instalações de escala industrial lideraram, com um crescimento homólogo de 66%.
Mas à medida que Portugal avança para atingir os seus objectivos ambiciosos de produção solar, a disponibilidade de terrenos planos e de fácil instalação tem vindo a diminuir. “Muito do potencial existente está em terrenos montanhosos ou com relevo significativo – áreas anteriormente consideradas demasiado complexas ou caras para a instalação dos parques. Entretanto, os locais mais planos já estão em utilização ou são excessivamente caros, colocando a pressão nas empresas produtoras para desbloquear novas oportunidades em paisagens complexas e difíceis”, adianta a mesma nota.
“Portugal é um mercado maduro e sofisticado onde a energia renovável já representa uma elevada percentagem de geração de electricidade”, diz Mo Horowitz, adiantando que “neste momento, o foco passou para a optimização – fazer melhor utilização dos espaços disponíveis, melhorando a produção por metro quadrado, e melhorando os designs de projectos híbridos. A tecnologia da Solargik entrega exactamente isso, permitindo às empresas produtoras fazer mais com menos, mesmo em terrenos mais desafiantes”.
É neste contexto que a tecnologia da Solargik se destaca. “Os sistemas de rastreamento solar inteligente da empresa combinam um design mecânico robusto e flexível, com o Soma, a plataforma proprietária SCADA (controlo de supervisão e recolha de dados). Este sistema integrado ajusta de forma dinâmica o posicionamento dos painéis fotovoltaicos ao longo do dia, aumentando a produção de energia em 15% a 25% e reduzindo o custo nivelado de energia (LCOE – Levelized Cost of Energy) ainda que em terreno irregular ou com inclinação acentuada”.
O portefólio da Solargik inclui mais de 200 projectos de energia fotovoltaica nas Américas, África, Ásia e Europa – representando centenas de megawatts. “Os versáteis rastreadores têm sido instalados com sucesso em inclinações até 27%, demonstrando a sua eficácia em tornar possível a utilização de terrenos marginais ou de difícil utilização para a produção solar”.
À medida que Portugal caminha para a concretização do objectivo de 20,8 GW de capacidade inscritos no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) 2030, a capacidade de desenvolver de forma eficiente em terrenos complexos será fundamental. “As inovadoras soluções da Solargik proporcionam aos produtores um claro caminho – maximizar a utilização dos terrenos, minimizar custos e acelerar a transformação para energia limpa de Portugal”, garante a empresa israelita.
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