A ANICP – Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe, lança hoje, 22 de Junho, uma campanha de promoção do património gastronómico presente nas conservas portuguesas.
A campanha segue o lema ‘Vamos conservar o que é nosso’ e tem como propósito sensibilizar o público para os produtos da pesca e da aquacultura sustentáveis, apresentando as conservas enquanto exemplo distintivo de tradição e excelência da indústria e superioridade do peixe.
70% da produção exportada
A ANICP identificou o momento presente como uma oportunidade para reforçar a promoção das conservas portuguesas de peixe fabricadas em Portugal, tendo em conta a actual valorização dos alimentos em conserva e a forte actividade do sector, o qual exporta anualmente cerca de 70% da produção ao qual correspondem 43 mil toneladas e um valor 226 milhões. Entre as espécies mais exportadas estão em primeiro lugar o atum, seguido da cavala e da sardinha.
A fileira produz actualmente 62 mil toneladas, 30% das quais para o mercado nacional, e é responsável por 3.500 postos de trabalho directos, 90% dos quais ocupados por mulheres.
Valorizar as conservas portuguesas
José Maria Freitas, presidente da ANICP, afirma que “é necessário diferenciar e valorizar as conservas portuguesas face à concorrência – produtos de baixa qualidade e mais baratos -, reposicionar as conservas portuguesas através de uma estratégia de valorização sustentada pela qualidade, a origem, a tradição, a praticidade na confecção, mas também enquanto produto saudável, e, sobretudo, criar um ecossistema de valorização das conservas portuguesas, visando agregar tradição, inovação e competitividade às marcas da indústria conserveira”.
Dos objectivos da campanha constam o aumento da divulgação e notoriedade das conservas de peixe portuguesas, criando condições para que os consumidores façam uma escolha informada e fomentando a preferência dos portugueses pelo consumo de produtos de origem nacional.
‘Vamos Conservar o que é nosso’ surge como uma marca “umbrella” (“chapéu”), algo completamente inovador para a indústria, sob a qual vão decorrer um conjunto de iniciativas de carácter colectivo para dinamizar o mercado interno e valorizar a oferta nacional.
A campanha é concretizada de forma integrada nos vários de meios de comunicação, nas redes sociais, mupis, mas também na construção de relações com a imprensa especializada nacional e internacional para potenciar a exposição e mediatização e aumentar a notoriedade dos conserveiros portugueses a nível global.
José Maria Freitas acrescenta que “a realização de uma campanha abrangente e colectiva traz benefícios para toda a indústria, permitindo a presença conjunta das marcas em acções e iniciativas estratégicas e promovendo uma melhor rentabilização dos recursos financeiros, mas também, que as conserveiras beneficiem, individualmente, da exposição e mediatização decorrente das acções que foram pensadas para promover e aumentar a notoriedade do sector conserveiro português”.
Campanha até Setembro
A ANICP pretende que a campanha ‘Vamos Conservar o que é nosso’, que agora arranca e que se prolonga até Setembro, sirva de argumento para o crescimento e competitividade do tecido económico constituído pelas indústrias de conservas de peixe portuguesas e permita aumentar a produção nacional.
‘Vamos conservar o que é nosso’ procura, através das suas diferentes iniciativas, evidenciar as características diferenciadoras das conservas portuguesas como uma mais-valia competitiva e como um factor de afirmação da identidade e excelência de Portugal.
A campanha ‘Vamos conservar o que é nosso’ constitui um investimento de mais de 680 mil euros, incluindo todas as iniciativas de comunicação e promoção, sendo financiada pelos Mar 2020, Portugal 2020 e União Europeia.
Agricultura e Mar Actual