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IACA: 25 anos de milho Bt. “Negar o direito à biotecnologia constituirá um retrocesso civilizacional”

“Numa altura em que se discute o futuro do agroalimentar no quadro do Green Deal ou da Estratégia “Do Prado ao Prado” e a utilização das tecnologias na melhoria da competitividade, no combate às alterações climáticas, em que apostamos (e bem) na utilização eficiente dos recursos, negar o direito à biotecnologia constituirá um retrocesso civilizacional que, certamente, iremos pagar muito caro no futuro, afastando a Europa da inovação, da aposta no conhecimento e da fixação de talentos”.

Quem o diz é o secretário-geral da IACA – Associação Portuguesa dos Industriais dos Alimentos Compostos para Animais, Jaime Piçarra, no seu artigo de opinião, na rubrica “Notas da Semana”, no site da IACA, alertando que “é de admirar que, com tantas exigências, os produtores de milho ainda resistam, contra os ventos e marés, a produzir milho geneticamente modificado, essencialmente para a indústria da alimentação animal, que se orgulha de o rotular e utilizar na alimentação dos animais, sem que até hoje tivessem ocorrido quaisquer problemas”.

“Temos de definir o papel de Portugal e da União Europeia na cadeia de abastecimento global e já sabemos que não existe outro caminho para a sustentabilidade nos seus 3 pilares, sem o recurso à tecnologia”, refere ainda o artigo, intitulado “25 anos de milho Bt na Península Ibérica”, onde Jaime Piçarra salienta que “desde 1996, a biotecnologia, que tantos insistem em negar na Europa, é utilizada por 17 milhões de pequenos agricultores, em mais de 30 países, ao serviço da agricultura e pecuária, indústria e consumidores. Os dados do ISAAA são elucidativos, sem margem para dúvidas”.

E acrescenta que num mercado global “para Portugal e Espanha, tão dependentes das importações de países terceiros, o que faz sentido é a existência de regras harmonizadas a nível mundial, pelas diferentes autoridades e organizações internacionais, desde logo o Codex Alimentarius. A Guerra na Ucrânia deveria ter preocupado mais os decisores políticos para as questões da autonomia e soberania alimentar porque essa é uma questão decisiva para a sustentabilidade”.

“A procura de alternativas ao milho proveniente do Mar Negro, obrigou-nos a maior exposição e dependência de origens onde estão muito presentes a cultura de milho ou soja transgénicos, pelo que as aprovações ditas assíncronas são ainda mais relevantes nas decisões políticas, que terão de ser sempre avaliadas com base científica e no risco potencial. Esse será sempre um caminho irreversível, bem como o direito a uma informação credível e sólida”, diz Jaime Piçarra.

Pode ler a “Notas da Semana — 25 anos de milho Bt na Península Ibérica” aqui.

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