O secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou que o ProFruta — Plano de Desenvolvimento da Fruticultura será uma ferramenta de apoio vital para a adopção das melhores políticas públicas, já que define um conjunto de acções concretas para os próximos anos, tendo em vista garantir o desenvolvimento deste sector agrícola nos Açores e a valorização das suas produções.
“A fruticultura tem uma grande margem de crescimento nos Açores, aproveitando o potencial existente em cada ilha e em diferentes tipos de frutas, pelo que o ProFruta é vital, pois apresenta um conjunto de acções concretas, que vão desde a plantação, à produção, passando pela comercialização e os incentivos”, referiu João Ponte.
O titular da pasta da Agricultura falava segunda-feira, em Ponta Delgada, à margem da apresentação da proposta de Plano de Desenvolvimento da Fruticultura.
47 objectivos operacionais
O governante destacou que o ProFruta, cuja proposta do grupo de trabalho foi coordenada por David Horta Lopes, da Universidade dos Açores, elenca 47 objectivos operacionais gerais e comuns a todas as ilhas, através de um plano de acção, mas também propõe planos específicos para cada uma das ilhas, tendo em conta as suas potencialidades para a produção de fruta.
“Entre os objectivos gerais está a aposta na formação para técnicos e produtores, na experimentação, nos apoios para compensar os períodos improdutivos das plantas, assegurar a continuidade das ajudas ao aumento da área das culturas frutícola, entre outras”, revelou João Ponte, acrescentando que se pretende ter um sector mais forte, com mais e melhores produções.
Dirigindo-se aos muitos produtores presentes nesta sessão pública, salientou que, especificamente para São Miguel, por exemplo, é proposto enveredar por uma embalagem única para o ananás DOP ou incentivar e apoiar a criação de estruturas de frio e conservação nas associações de produtores locais.
Há condições para se produzir mais fruta
Ciente de que os Açores não conseguem ser auto-suficientes em todas as frutas, o governante defendeu, no entanto, que existem condições para se produzir mais fruta e, assim, reduzir as importações, mas simultaneamente apostar mais na exportação de frutas de maior valor acrescentado, o que vai muito para além do ananás.
A proposta de Plano de Desenvolvimento da Fruticultura vai agora entrar numa fase de discussão pública, estimando João Ponte que o documento final fique concluído até Junho, sendo que, à semelhança do que aconteceu com os planos da agricultura biológica e da apicultura, será criada uma comissão de acompanhamento, envolvendo o Governo Regional e os parceiros do sector para monitorizar a execução do ProFruta.
Agricultura e Mar Actual