O furacão Leslie pode, este sábado, 13 de Outubro, atingir Portugal continental, embora não se saiba ainda qual a dimensão dos efeitos que o mesmo pode causar.
À TSF, o comandante Pedro Araújo, da Protecção Civil, explica que o Leslie deve atingir o território português “entre as 19 e as 21 horas” deste sábado, com vento, agitação marítima e precipitação a notarem-se com maior intensidade.
Pode acompanhar a evolução do Leslie no site do IPMA, aqui.
A Marinha e Autoridade Marítima Nacional já lançaram um alerta. “A previsão do estado do mar e do vento prevê um agravamento das condições meteorológicas e oceanográficas na costa Oeste de Portugal continental, nomeadamente entre o cabo Espichel (Sesimbra) e o cabo Mondego (Figueira da Foz), entre a meia-noite de sábado e a noite de domingo.
Ondulação e vaga desordenada
A agitação marítima será caracterizada por ondulação e vaga desordenada, com altura significativa que poderá ultrapassar os 6 m de altura e 10 m de altura máxima. O vento poderá registar velocidades superiores a 80 km/h e rajadas acima de 120 km/h.
Assim, Marinha e a Autoridade Marítima Nacional reforçam a recomendação, em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adopção de medidas de precaução.
“Recomenda-se o reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas, bem como evitar passeios junto ao mar, de onde se destacam os molhes das entradas das barras e zonas nas praias junto à água” refere um comunicado conjunto da Marinha e da Autoridade Marítima.
Estado de vigilância permanente
Aquelas entidades aconselham igualmente que os “marítimos mantenham um estado de vigilância permanente e o acompanhamento da evolução da situação meteorológica e dos avisos à navegação e de previsão meteorológica radiodifundidos pela Marinha relativos à previsão meteorológica do IPMA, bem como outras informações das capitanias dos portos sobre as condições de acesso aos portos, evitando sair para o mar até que as condições melhorem”.
Passeios junto à costa e nas praias: não!
À população em geral que frequente as zonas costeiras, aconselha-se que se abstenham da prática de passeios junto à costa e nas praias, bem como da prática de actividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima, sendo essencial que assumam uma postura preventiva não se expondo desnecessariamente ao risco.
“Caso exista absoluta necessidade de se deslocar até à orla costeira, deverá manter uma atitude vigilante e ter sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras”, refere o mesmo comunicado.
Muito em especial para os pescadores lúdicos de pesca à cana “aconselha-se cautela, evitando pescar junto às falésias e zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que o mar nestas situações extremas alcança muitas vezes zonas aparentemente seguras”.
Agricultura e Mar Actual