Início / Agricultura / Ajudas ao milho. Fenalac diz que políticas do Ministério da Agricultura “vão no sentido de marginalizar a agricultura do Norte”

Ajudas ao milho. Fenalac diz que políticas do Ministério da Agricultura “vão no sentido de marginalizar a agricultura do Norte”

A Fenalac – Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite considera que “diversas políticas que vêm sendo desenvolvidas nos últimos tempos pelo Ministério da Agricultura, vão no sentido de marginalizar a agricultura do Norte e alguns dos seus sistemas produtivos, pondo em causa a viabilidade económica de muitas explorações”.

Dá a Federação como exemplo a opção pela convergência “que poderia iniciar-se em 2023, que começou a ser aplicada em 2021 e que penaliza fortemente a agricultura produtiva, como agora a proposta de uma nova ajuda à produção do milho que não contempla o milho silagem, componente alimentar fundamental da produção de leite e carne”.

Da referida proposta, diz a Fenalac em comunicado, consta um apoio ligado à produção de milho num valor que pode variar entre 100 a 280 euros por hectare, mas cuja aplicação “se restringe à vertente milho grão, ignorando a vertente “milho para silagem”, sendo que a utilização das produções finais de ambas as culturas é a alimentação animal”.

A Fenalac considera que “não há qualquer razão técnica válida para esta discriminação, existindo pelo contrário um conjunto de argumentos válidos que reforçam a necessidade de abrangência do milho silagem”.

Custos com a alimentação animal estão em alta

“Com efeito, esta cultura é praticada essencialmente nos sistemas produtivos de leite e carne, os quais estão a ser fortemente afectados nos pagamentos da Política Agrícola Comum (PAC), além de que os custos com a alimentação animal estão em alta, razão pela qual importa estimular a produção local, garantindo a sua viabilidade e reduzindo a dependência das importações”, realça o mesmo comunicado.

Concretamente, acrescenta, cerca de 37% da área de milho do continente fica impedida de se candidatar a esta ajuda, uma vez que se destina à produção de silagem para alimentação animal, ou seja 32 mil hectares dos cerca de 56 mil hectares totais de milho.

Para a Fenalac, do ponto de vista regional, “toda a produção de milho da Região Norte fica impedida de se candidatar, pois predomina a vertente de milho silagem, além de que o milho grão produzido na região não é escoado através de Organizações de Produtores (OP) especializadas, condição também imposta pela tutela”.

De realçar que a região Norte representa quase 40% do total nacional em termos de superfície agrícola de milho, com cerca de 34 mil hectares cultivados, sendo claramente a região mais significativa nesta cultura.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

Verifique também

Francisco Morales substitui Javier Bernabéu na gerência da Sakata Seed Iberica

Partilhar              Javier Bernabéu, com mais de 40 anos de experiência profissional em melhoramento vegetal, sendo 30 …

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.