As exportações da indústria alimentar e das bebidas atingiram 7.526 milhões de euros em 2023, o que traduz um crescimento de 6,86% face a igual período de 2022, revelam os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Com o pódio de crescimento das exportações dentro da União Europeia a ser ocupado, respectivamente, pela Eslováquia (35,40%), Irlanda (31,09%) e Polónia (30,20%), foi, no entanto, para o Peru (91,05%) e para a Mauritânia (61,05%) que as exportações mais cresceram comparativamente a 2022.
Curiosamente, as exportações para países tradicionalmente parceiros como Angola e Itália registaram um abrandamento de, respectivamente, 25,49% e 8,53%, refere uma nota de imprensa da FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.
Para o presidente da FIPA, Jorge Henriques, “a conjuntura, nacional e internacional, é desafiante e embora os números deixem perceber um incremento ao nível das exportações, como previsto, o sector ambiciona mais”.
Sem perder o foco no futuro, revela que “o sector tem vindo a penetrar em novos mercados”, o que permite manter a esperança de alcançar a meta dos €10 mil milhões em exportações de acordo com os objectivos traçados. No entanto, desafia o próximo governo a ter “uma visão clara relativamente à criação de uma rede de infra-estruturas sólida e competitiva, políticas económicas e diplomáticas de incentivo à exportação, além de maior empenho no eliminar de barreiras alfandegárias em várias latitudes”.
A indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (€22,4 mil milhões) como em valor acrescentado bruto (€3,8 mil milhões). Primeira indústria transformadora que mais emprega gera – é responsável por mais de 112 mil postos de trabalho directos e cerca de 500 mil indirectos – assume, simultaneamente, “uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial e na afirmação do potencial de evolução da auto-suficiência alimentar do País”.
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